*Este artigo foi revisado e produzido com colaboração da Editora Chefe de Enfermagem, Thalita Breda.
As práticas integrativas e complementares vem tomando mais espaço na prevenção de agravos, promoção e recuperação da saúde, essas práticas são disponibilizadas pelo SUS voltadas para ampliar o acesso, integralização da assistência, humanização em saúde e a continuidade do cuidado.
Após 10 anos de criação da PNPIC no SUS, em 2017 foi criada a Portaria Nº 849 onde implantou mais 14 práticas, dentre elas a musicoterapia. O Brasil é líder na ampliação desse acesso à saúde e na demanda das PICS oferecidas de início na atenção primária, sendo atualmente oferecidas pelo SUS um total de 29 práticas alternativas.
Um estudo publicado recentemente mostrou evidências científicas sobre o uso da prática de musicoterapia em pacientes portadores de doenças neurodegenerativas, com objetivo de saber a influência da musicoterapia e seu mecanismo de ação na qualidade de vida dos pacientes portadores de Parkinson.
Característica do estudo
Trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva de caráter teórico e abordagem quantitativa, buscando ressaltar o contexto sobre a musicoterapia, enfatizando várias abordagens que essa prática pode servir.
De acordo com o estudo realizado, a musicoterapia traz inúmeros benefícios para os pacientes avaliados com doença de Parkinson.
A observação dos autores mostrou o contexto da influência da música sob a perspectiva de cuidado, onde a música contribui trazendo a manutenção da saúde mental, alívio de estresse, cansaço físico e mental, que quando introduzida essa prática em pacientes com Parkinson observou, relaxamento da musculatura, diminuição da frequência cardíaca e pressão arterial, a marcha e equilíbrio foram pontos positivos que a musicoterapia revelou como complementar ao tratamento habitual, assim minimizando o sofrimento do doente e mais aceitação de sua condição, com a utilização desse terapêutica, observou-se melhoria na qualidade de vida de pacientes com doenças neurodegenerativas melhorando aspectos psíquicos e motores, ativando suas emoções e trazendo evolução para o tratamento.
Leia também: Animais domésticos como catalisadores de afeto: A terapia assistida por animais
Atuação da enfermagem com a musicoterapia
A utilização da música pela enfermagem pode ser usada como forma de cuidado mais humanizado, oferecendo mais uma interação entre o paciente quando é portador de doenças neurodegenerativas, promovendo o cuidado integral e individualizado. A enfermagem pode utilizar as práticas alternativas como forma de intervenção complementar do cuidado, a musicoterapia se revela em vários contextos de intervenções, como o tratamento não farmacológico no alívio da dor e sofrimento psíquico, distúrbios do sono, risco de isolamento social e estresse. Com isso cabe ao enfermeiro criar vínculo com o paciente, usando a criatividade e incluindo as práticas integrativas e complementares para ter um cuidado mais humanizado e embasado cientificamente.
Referências bibliográficas:
- BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS – PNPICSUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnpic.pdf
- LUANNA THAIS SILVA BARBOSA . Trabalho de Conclusão de Curso: A Musicoterapia na Reabilitação de Pacientes com Doença de Parkinson no Sistema Único de Saúde (SUS). Campina Grande, 2019.
- RESOLUÇÃO COFEN Nº 570/2018. Acesso em: 28/06/2021