Obesidade Infantil: Ministério da Saúde lança campanha de prevenção

O Ministério da Saúde lançou uma campanha de prevenção e controle da obesidade infantil, que visa alertar sobre a importância de hábitos saudáveis.

Em uma iniciativa inédita, o Ministério da Saúde lançou uma campanha de prevenção e controle da obesidade infantil, que visa alertar e orientar a população sobre a importância da formação de hábitos saudáveis.

O lançamento da campanha foi realizado no Rio de Janeiro, durante o XV Encontro Nacional de Aleitamento Materno (XV ENAM); V Encontro Nacional de Alimentação Complementar Saudável (V ENACS); III Conferência Mundial de Aleitamento Materno (3rd WBC) e I Conferência Mundial de Alimentação Complementar (1st WCFC), que acontecem simultaneamente na cidade.

Na ocasião, o ministro Luiz Henrique Mandetta também apresentou a nova versão do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de dois anos. “Nós vamos atrás das grandes metas. Também é preciso avançar no Congresso Nacional a regulamentação que melhora as condições para que as cantinas escolares sejam saudáveis. A escola é outro ponto fundamental de apoio para que a gente possa ter uma melhor oferta de alimentos e que a cultura da alimentação saudável seja progressivamente incorporada”, afirmou Mandetta.

O excesso de peso entre crianças brasileiras é um problema de saúde pública. Dados do Ministério da Saúde mostram que três a cada dez crianças de 5 a 9 anos estão acima do peso.

menina com risco de obesidade infantil olhando fixamente para os donuts, em uma mão, enquanto segura também uma maçã em outra

Novo guia alimentar

O novo guia alimentar para crianças brasileiras menores de dois anos destaca 12 passos para uma alimentação saudável.

A primeira versão foi publicada em 2002 e revisada em 2010. Esta nova edição atualiza as recomendações de acordo com novas evidências científicas disponíveis e alinha as orientações com o Guia Alimentar para População Brasileira com o objetivo de induzir políticas públicas para promover, apoiar e incentivar o aleitamento materno e a alimentação complementar.

Entre as novidades desta edição estão as recomendações de consumo com base no nível de processamento do alimento; dicas de culinária, inclusive para vegetarianos; direitos relacionados à alimentação infantil; e a alimentação como um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto. Entre as atualizações está ainda a recomendação de zero açúcar e não ao consumo de alimentos ultraprocessados para crianças.

A publicação está disponível em versão digital para toda a população. Para baixar o material, basta acessar um código que pode ser escaneado pelo celular (QR Code).

Leia também: Obesidade: quais as principais doenças relacionadas?

Dados de estudos

Vários estudos mostram a associação do consumo de alimentos ultraprocessados com o excesso de peso. Segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) de 2018, a frequência de consumo de alimentos ultraprocessados é de 49% em crianças de 6 a 23 meses, e de bebidas adoçadas em 33% para crianças de 6 a 23 meses, chegando em 68% entre crianças de 5 a 10 anos.

Nessa mesma faixa etária, observa-se uma regularidade de 62% de consumo de macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados, no dia anterior.

O padrão de prática de atividade física também sofreu mudanças negativas ao longo dos anos. De 2001 a 2016, o Brasil foi um dos países com maior prevalência de atividade física insuficiente.

Recomendações da OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que crianças menores de um ano façam até 30 minutos de atividades físicas diárias, como engatinhar, movimentar os braços e ficar de barriga para baixo.

Crianças de um a dois anos devem fazer até 180 minutos de atividades por dia. Entre três a quatro anos, os mesmos 180 minutos por dia, sendo que 60 minutos devem ser de atividades físicas moderadas ou vigorosas. Já as crianças maiores de cinco anos devem fazer 60 minutos por dia de atividade física de intensidade moderada. O tipo de atividade vai variar de acordo com a idade e a preferência da criança.

Dados nacionais mostram que somente 24% das crianças e dos jovens relataram ficarem duas horas ou menos por dia em frente a telas.

São fortes as evidências dos efeitos negativos do tempo prolongado em comportamento sedentário e isso ocorre independentemente de a pessoa alcançar as recomendações de atividade física.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências bibliográficas:

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