Pneumatocele na pediatria

O mais comum é que seja observada após quadro de pneumonia, mas a pneumatocele também pode estar presente numa radiografia de tórax inicial.

Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia a dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica.

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A pneumatocele é uma das complicações da pneumonia bacteriana aguda, sendo mais frequente na faixa etária pediátrica. Além da pneumonia, trauma torácico, ventilação mecânica, síndrome de hiperIgE e inalação de hidrocarbonetos são etiologias possíveis.

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É caracterizada por um cisto pulmonar de paredes finas e cheio de ar, classicamente associado ao Staphylococcus aureus. Costuma ser assintomática, múltipla e resolver espontaneamente dentro de algumas semanas, entre 6 a 12 meses, sem necessidade de intervenção e sem deixar repercussões clínicas. Em alguns casos, por outro lado, pode resultar em pneumotórax.

A tomografia computadorizada de tórax é mais precisa que a radiografia, fornece detecção precoce e maior possibilidade de avaliar diagnósticos diferenciais de lesões pulmonares cavitárias como abscesso, micose e malignidades.

Fisiopatologia

O mecanismo exato ainda é controverso. Geralmente, as pneumatoceles são transitórias e ocorrem associadas à pneumonia.

Apresentação Clínica

Anamnese

As crianças apresentam características típicas de pneumonia, incluindo tosse, febre e distúrbios respiratórios. Nenhum achado clínico diferencia a pneumonia com ou sem formação de pneumatocele. Podem ser lesões enfisematosas únicas, mas geralmente são cavidades múltiplas, de paredes finas, cheias de ar, no formato de cisto.

Na maioria das vezes, ocorrem como uma sequela da pneumonia aguda, comumente causada por Staphylococcus aureus. No entanto, a formação de pneumatoceles também ocorre com outros agentes, incluindo Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Escherichia coli, estreptococos do grupo A, Serratia marcescens, Klebsiella pneumoniae, adenovírus e tuberculose.

O mais comum é que seja observada após quadro de pneumonia, mas a pneumatocele também pode estar presente numa radiografia de tórax inicial.

Apesar de ser mais frequente após causa infecciosa, algumas etiologias não infecciosas podem gerar o quadro: Ingestão de hidrocarbonetos, síndromes de hiper IgE, traumas e ventilação com pressão positiva (principalmente nos RN prematuros).

Na maioria dos casos, são assintomáticas e não requerem intervenção cirúrgica. O curso natural é a resolução lenta, mas sem deixar sequelas clínicas.

Exame Físico

Ao exame físico, pode haver insuficiência respiratória leve, moderada ou grave, com taquipneia, retrações, grunhidos e batimentos de aletas nasais. A febre está quase sempre presente nos quadros infecciosos e pode ser alta.

A ausculta pulmonar varia dependendo do estágio da pneumonia, podendo ter sons respiratórios diminuídos focais ou bilaterais, geralmente com crepitações.

À medida que a pneumonia se resolve e a pneumatocele persiste, o murmúrio vesicular pode ser normal ou diminuído, dependendo do tamanho da lesão.

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
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