Psoríase: qual tratamento é mais eficaz?

Artigo comparou as respostas terapêuticas com uso de inibidores do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) versus ustequinumabe no tratamento da psoríase.

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Os dados de eficácia comparativa são importantes tanto para os médicos como para os pacientes para diferenciar as opções de tratamento ao selecionar uma terapia, especialmente no caso das terapias biológicas que apresentam frequentemente novas opções.

A seleção da terapia depende de vários fatores, incluindo eficácia, segurança, resposta ao longo do tempo, preferência e acessibilidade.

Diversos medicamentos biológicos são eficazes para o tratamento da psoríase. Um artigo realizado em pacientes de mundo real, publicado no Journal of The American Academy of Dermatology, comparou as respostas terapêuticas com uso de inibidores do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) como infliximabe, adalimumabe ou etanercepte versus ustequinumabe no tratamento da psoríase.

Foram incluídos pacientes que receberam esses quatro grupos de tratamento (infliximabe, adalimumabe, etanercepte ou ustequinumabe) durante o estudo Psoriasis Longitudinal Assessment and Registry (PSOLAR).

De 2.541 pacientes do registro, 2.076 apresentaram dados de eficácia: ustequinumabe (n=1.041), infliximabe (n=116), adalimumabe (n=662) e etanercepte (n=257). A média de idade dos pacientes foi de 46,5 anos. A maioria era do sexo masculino (57,4%) e de cor branca (83,5%). A média de duração da psoríase foi 17,5 anos, variando de 14,7 anos para 19,1 anos nos grupos etanercepte e ustequinumabe, respectivamente. Aproximadamente um terço dos pacientes (34,9%) apresentava artrite psoriática na linha de base.

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Os pacientes que receberam os inibidores do TNF-α foram significativamente menos propensos a alcançar uma pontuação indicativa de sem psoríase (clareamento completo) ou doença mínima (0/1) da avaliação global médica (PGA, do inglês Physician Global Assessment) versus ustequinumabe.

Aos 6 meses, as proporções de pacientes que atingiram uma pontuação PGA de 0/1 foram de 57,1% para ustequinumabe, 50,1% para adalimumabe, 50,6% para etanercepte e 36,4% para infliximabe. Aos 12 meses, as proporções de pacientes que atingiram uma pontuação PGA de 0/1 foram de 59,2% para ustequinumabe, 56,5% para adalimumabe, 57,6% para etanercepte e 42,0% para infliximabe.

A média do decréscimo na porcentagem de área de superfície corporal com psoríase foi significativamente maior para ustequinumabe versus adalimumabe (p=0,0020) e etanercepte (p<0,001) aos 6 meses, e versus infliximabe (p=0,0005) e etanercepte (p 0,0007) aos 12 meses.

Em pacientes de mundo real o uso de ustequinumabe mostrou eficácia significativamente melhor versus todos os três inibidores do TNF avaliados na maioria das comparações aos 6 e 12 meses. Essa análise de eficácia comparativa de terapias biológicas ajuda na tomada de decisões de tratamento em pacientes com psoríase.

Veja também: ‘Tratamento para psoríase pode reduzir progressão da aterosclerose’

*Esse artigo foi revisado pelo médico Eduardo Moura.

Referências:

  • Strober BE, Bissonnette R, Fiorentino D, Kimball AB, Naldi L, Shear NH, et al. Comparative effectiveness of biologic agents for the treatment of psoriasis in a real-world setting: Results from a large, prospective, observational study (Psoriasis Longitudinal Assessment and Registry [PSOLAR]). J Am Acad Dermatol. 2016;74(5):851–861e4.

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