Quais são as causas de ruptura espontânea do tendão extensor longo do polegar?

A ruptura do extensor longo do polegar (ELP) é frequentemente descritas em associação com história de artrite reumatoide.

O musculo extensor longo do polegar (ELP) é responsável pela extensão do polegar na articulação interfalangeana além de ajudar a adução na articulação carpometacarpal. Está em íntimo contato com o tubérculo de Lister e essa região é sabidamente pouco vascularizada. 

As fraturas de rádio distal e a artrite reumatoide estão descritas na literatura como possíveis causas da ruptura espontânea do ELP, embora existam outros relatos de lesão espontânea associadas a outras causas. Foi publicada no último mês na revista “Hand” uma revisão sistemática a fim de melhor entender e caracterizar a natureza da ruptura espontânea do ELP, suas causas e formas de tratamento. 

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Quais são as causas de ruptura espontânea do tendão extensor longo do polegar?

Quais são as causas de ruptura espontânea do tendão extensor longo do polegar?

Métodos 

A revisão foi realizada nas bases de dados Pubmed/MEDLINE e Scopus/Elsevier em dezembro de 2021, com expressões relacionadas a lesões tendinosas, tendinopatia, cirurgia de mão, transferência tendinosa e injeções. 

Para serem elegíveis, os artigos deveriam atender ao seguinte critério de inclusão: descrever casos de ruptura espontânea do ELP ou tenossinovite do terceiro compartimento dorsal. O critério de exclusão foi qualquer história de fratura do rádio distal ou artrite reumatoide. 

Foram incluídos 29 estudos com 18 mulheres e 29 homens com média de idade de 45 anos. Os sintomas mais comuns foram perda da extensão e dor. Em 21 casos, a ruptura ocorreu ao nível do tubérculo de Lister, local mais comum. 

Resultados 

Fatores causais foram identificados em quase todos os casos e foram separados em seis grandes categorias: “drogas”, referindo-se a injeções de esteroides, tratamento com fluoroquinolona, e uso de substâncias intravenosas (n = 8); “trauma”, com fratura do rádio excluída por radiografia (n = 10); “mecânico,” como movimentos repetitivos (n = 8); “inflamatório”, com artrite reumatoide excluída com exames laboratoriais apropriados (n = 3); “primário” (n = 9); e “outros”, como defeitos anatômicos ou cirurgia recente na região (n = 6) 

Dos 47 pacientes, 44 receberam tratamento cirúrgico (46/51 mãos). Essas intervenções revelaram três pilares de tratamento de ruptura do ELP—reparação primária (n = 7); transferência tendinosa (n = 29), geralmente extensor próprio do indicador (EIP) para ELP, mas com uma exceção, extensor digitorum communis 

(ECD) para ELP; e enxerto (n = 8), geralmente palmar longo, mas com uma exceção, enxerto de semitendíneo.  

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Conclusão e mensagem prática 

Esses resultados destacam a fragilidade inerente desse tendão e corroboram a recomendação histórica para liberação precoce do tendão ELP no cenário de tenossinovite do terceiro compartimento dorsal. 

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Lister RC, Bradford HC, Joo A, et al. Spontaneous Rupture of the Extensor Pollicis Longus Tendon: A Systematic Review.HAND. 2023;0(0). doi:10.1177/15589447231175513 

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