Paciente sexo masculino, 63 anos, deu entrada no pronto atendimento de sua região com queixa de dispneia súbita, sem outros sintomas associados. Nega tabagismo. Nega viagens recentes. Refere trabalhar com jateamento de areia. Confira as imagens da tomografia e responda ao quiz!
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1. Pergunta
Paciente, sexo masculino, 63 anos, deu entrada no pronto atendimento de sua região com queixa de dispneia súbita, sem outros sintomas associados. Nega tabagismo. Nega viagens recentes. Refere trabalhar com jateamento de areia.
Qual a possibilidade diagnóstica diante dos achados de imagem e da história clínica?
Correto
A silicose é uma das pneumoconioses de maior ocorrência em todo mundo. O desenvolvimento da silicose está associado ao tamanho da partícula, ao tempo e a concentração da exposição, ao tipo de sílica cristalina e à susceptibilidade individual. As partículas de sílica recém fragmentadas, frequentes nas atividades de jateamento de areia, moagem e perfuração de rocha apresentam toxicidade aumentada e ao alcançarem as pequenas vias aéreas, desencadeiam respostas imunes distintas.
A inalação da poeira da sílica acomete inicialmente as regiões peribronquiolares, no centro do lóbulo pulmonar secundário. A drenagem linfática é o mecanismo envolvido na remoção das partículas dos pulmões, mas esta não é completamente efetiva, fazendo com que haja acúmulo gradual de partículas nas regiões em que esta drenagem é menos eficiente, que são nas faces posteriores dos lobos superiores.
Achados na radiografia: inicialmente o padrão da silicose crônica é de pequenos nódulos pulmonares circunscritos, menores que 0,5 cm acometendo mais comumente as regiões posteriores dos lobos superiores. Com o passar dos anos, os nódulos tendem a coalescência, com formação de grandes opacidades que podem ainda estar ou não calcificadas. Podemos observar ainda calcificações nos linfonodos hilares ou mediastinais, por vezes periféricas, com padrão em “casca de ovo”.
A tomografia computadorizada é um método mais sensível e específico e define melhor o tipo e a extensão das alterações relacionadas a exposição à sílica, sendo os achados iniciais a presença de micronódulos predominando nas regiões centrolobulares e com sua evolução, estes micronódulos tendem a confluir formando grandes opacidades e numa fase mais tardia, massas fibróticas, geralmente calcificadas. Além disso, a tomografia caracteriza melhor as linfonodomegalias calcificadas que mais frequentemente são difusas, mas podem ter o padrão em “casca de ovo” quando periféricas.
Referências bibliográficas:
Bégin R, Massé S, Cantin A, Bisson G, Bergeron D. Imaging of the pneumoconiosis: a multidisciplinary approach. J Thorac Imaging 1988; 3:37-50.
Marchiori E, Dantas MCH, Nobre LF. Silicose: correlação da tomografia computadorizada de alta resolução com a anatomopatologia. Radiologia Brasileira 2001; 34(1),1-6.
Incorreto
A silicose é uma das pneumoconioses de maior ocorrência em todo mundo. O desenvolvimento da silicose está associado ao tamanho da partícula, ao tempo e a concentração da exposição, ao tipo de sílica cristalina e à susceptibilidade individual. As partículas de sílica recém fragmentadas, frequentes nas atividades de jateamento de areia, moagem e perfuração de rocha apresentam toxicidade aumentada e ao alcançarem as pequenas vias aéreas, desencadeiam respostas imunes distintas.
A inalação da poeira da sílica acomete inicialmente as regiões peribronquiolares, no centro do lóbulo pulmonar secundário. A drenagem linfática é o mecanismo envolvido na remoção das partículas dos pulmões, mas esta não é completamente efetiva, fazendo com que haja acúmulo gradual de partículas nas regiões em que esta drenagem é menos eficiente, que são nas faces posteriores dos lobos superiores.
Achados na radiografia: inicialmente o padrão da silicose crônica é de pequenos nódulos pulmonares circunscritos, menores que 0,5 cm acometendo mais comumente as regiões posteriores dos lobos superiores. Com o passar dos anos, os nódulos tendem a coalescência, com formação de grandes opacidades que podem ainda estar ou não calcificadas. Podemos observar ainda calcificações nos linfonodos hilares ou mediastinais, por vezes periféricas, com padrão em “casca de ovo”.
A tomografia computadorizada é um método mais sensível e específico e define melhor o tipo e a extensão das alterações relacionadas a exposição à sílica, sendo os achados iniciais a presença de micronódulos predominando nas regiões centrolobulares e com sua evolução, estes micronódulos tendem a confluir formando grandes opacidades e numa fase mais tardia, massas fibróticas, geralmente calcificadas. Além disso, a tomografia caracteriza melhor as linfonodomegalias calcificadas que mais frequentemente são difusas, mas podem ter o padrão em “casca de ovo” quando periféricas.
Referências bibliográficas:
Bégin R, Massé S, Cantin A, Bisson G, Bergeron D. Imaging of the pneumoconiosis: a multidisciplinary approach. J Thorac Imaging 1988; 3:37-50.
Marchiori E, Dantas MCH, Nobre LF. Silicose: correlação da tomografia computadorizada de alta resolução com a anatomopatologia. Radiologia Brasileira 2001; 34(1),1-6.
A respeito do acompanhamento desta paciente e de outros casos de abortamento provocado, qual das alternativas a seguir você deve considerar como sendo mais adequada? Clique no banner abaixo e responda no nosso fórum.
Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ. Residência médica em Radiologia e diagnóstico por imagem na Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ. Especialização em Radiologia Pediátrica em 2018. Médica radiologista pediátrica no Hospital Municipal Jesus, Instituto Fernandes Figueira (IFF) e Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG).