Lactente, dois anos, dá entrada na emergência, com quadro de tosse e febre. Foi realizada radiografia de tórax para melhor avaliação. Qual o diagnóstico? Teste seus conhecimentos com nosso quiz.
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Quiz PEBMED
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Pergunta 1 de 2
1. Pergunta
Lactente, dois anos, dá entrada na emergência, com quadro de tosse e febre. Foi realizada radiografia de tórax para melhor avaliação.
Ao exame físico: paciente em bom estado geral, corado, hidratado 4+/4+, eupneico em ar ambiente.
Laboratório: sem alterações.
1- Quais são os achados da radiografia de tórax?
Correto
Resposta: Elevação da hemicúpula diafragmática direita.
Incorreto
Resposta: Elevação da hemicúpula diafragmática direita.
Pergunta 2 de 2
2. Pergunta
2- Quais são as principais hipóteses diagnóstica, diante dos achados de imagem?
Correto
Radiografia de tórax AP e perfil. Na incidência em AP percebemos que a hemicúpula diafragmática direita (seta vermelha), está acima do 5º arco costal anterior direito (asterisco amarelo).
Os achados da radiografia de tórax observados são de elevação da hemicúpula diafragmática direita. Primeiro é necessário entender por que consideramos que a hemicúpula direita está elevada: habitualmente, o domo do diafragma direito encontra-se ao nível da porção anterior do 6º arco costal, ou seja, quando ele está acima disso consideramos que possa haver alguma alteração diafragmática.
Outra informação importante é que, habitualmente, a hemicúpula diafragmática direita costuma ser mais elevada que a esquerda por conta do fígado. Isso é um achado normal e devemos, portanto, ter cuidado com a descrição de elevação da hemicúpula diafragmática direita, pois normalmente ela encontra-se um arco costal acima da esquerda nas radiografias.
Diante de uma hemicúpula diafragmática elevada na radiografia, o próximo passo seria a realização de uma ultrassonografia com intuito de avaliar integridade e mobilidade diafragmáticas e assim diferenciar suas possíveis causas. O estudo ultrassonográfico deve ser realizado de forma dinâmica e em repouso. No repouso, observamos basicamente a integridade diafragmática e, quando há interrupção da sua linha, sugerimos a possibilidade de hérnia que pode estar ou não associada a presença de conteúdo da cavidade abdominal no interior do saco herniário. Diante da integridade de ambos os diafragmas, excluímos hérnia e passamos para a fase dinâmica do exame, onde avaliamos a mobilidade diafragmática e solicitamos que paciente inspire e expire profundamente. Quando não há mobilidade diafragmática no lado acometido ou a mobilidade entre os dois diafragmas é paradoxal, ou seja, um diafragma desce enquanto o outro sobe, sugerimos mais fortemente a possibilidade de paralisia diafragmática. Nos casos, em que do lado acometido, o diafragma move-se menos quando comparado ao contralateral, mas ainda mantém alguma mobilidade, sugerimos a possibilidade de eventração.
Referências bibliográficas:
Bramson RT, Griscom NT, Cleveland RH. Interpretation of chest radiographs in infants with cough and fever. Radiology 2005;236(1):22–29;
Epelman M, Navarro OM, Daneman A, Miller SF. M-mode sonography of diaphragmatic motion: description of technique and experience in 278 pediatric patients. Pediatr Radiol 2005;35(7):661–667.
Govind B. Chavhan, Paul S. Babyn, Ronald A. Cohen, and Jacob C. Langer
RadioGraphics 2010 30:7, 1797-1817.
Incorreto
Radiografia de tórax AP e perfil. Na incidência em AP percebemos que a hemicúpula diafragmática direita (seta vermelha), está acima do 5º arco costal anterior direito (asterisco amarelo).
Os achados da radiografia de tórax observados são de elevação da hemicúpula diafragmática direita. Primeiro é necessário entender por que consideramos que a hemicúpula direita está elevada: habitualmente, o domo do diafragma direito encontra-se ao nível da porção anterior do 6º arco costal, ou seja, quando ele está acima disso consideramos que possa haver alguma alteração diafragmática.
Outra informação importante é que, habitualmente, a hemicúpula diafragmática direita costuma ser mais elevada que a esquerda por conta do fígado. Isso é um achado normal e devemos, portanto, ter cuidado com a descrição de elevação da hemicúpula diafragmática direita, pois normalmente ela encontra-se um arco costal acima da esquerda nas radiografias.
Diante de uma hemicúpula diafragmática elevada na radiografia, o próximo passo seria a realização de uma ultrassonografia com intuito de avaliar integridade e mobilidade diafragmáticas e assim diferenciar suas possíveis causas. O estudo ultrassonográfico deve ser realizado de forma dinâmica e em repouso. No repouso, observamos basicamente a integridade diafragmática e, quando há interrupção da sua linha, sugerimos a possibilidade de hérnia que pode estar ou não associada a presença de conteúdo da cavidade abdominal no interior do saco herniário. Diante da integridade de ambos os diafragmas, excluímos hérnia e passamos para a fase dinâmica do exame, onde avaliamos a mobilidade diafragmática e solicitamos que paciente inspire e expire profundamente. Quando não há mobilidade diafragmática no lado acometido ou a mobilidade entre os dois diafragmas é paradoxal, ou seja, um diafragma desce enquanto o outro sobe, sugerimos mais fortemente a possibilidade de paralisia diafragmática. Nos casos, em que do lado acometido, o diafragma move-se menos quando comparado ao contralateral, mas ainda mantém alguma mobilidade, sugerimos a possibilidade de eventração.
Referências bibliográficas:
Bramson RT, Griscom NT, Cleveland RH. Interpretation of chest radiographs in infants with cough and fever. Radiology 2005;236(1):22–29;
Epelman M, Navarro OM, Daneman A, Miller SF. M-mode sonography of diaphragmatic motion: description of technique and experience in 278 pediatric patients. Pediatr Radiol 2005;35(7):661–667.
A respeito do acompanhamento desta paciente e de outros casos de abortamento provocado, qual das alternativas a seguir você deve considerar como sendo mais adequada? Clique no banner abaixo e responda no nosso fórum.
Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ. Residência médica em Radiologia e diagnóstico por imagem na Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ. Especialização em Radiologia Pediátrica em 2018. Médica radiologista pediátrica no Hospital Municipal Jesus, Instituto Fernandes Figueira (IFF) e Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG).
Qual o motivo da tosse e principalmente da febre nesse contexto de hérnia diafragmática?