O USG de quadril é um exame bastante utilizado na prática pediátrica, principalmente em pacientes entre um e três meses de vida.
Neste episódio, a Dra. Elazir Mota, radiologista pediátrica e conteudista do Whitebook, fala sobre as indicações e como esse exame auxilia diagnósticos precoces, tornando o tratamento mais facilitado.
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Displasia do Desenvolvimento do Quadril
Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ) é um espectro de desordens do desenvolvimento do quadril que se apresentam em diferentes formas e em diferentes idades. Trata-se de anormalidade na relação articular entre a cabeça femoral e o acetábulo, onde o quadril pode estar luxado ou subluxado.
Compreende também o quadril instável que, mesmo com a relação articular mantida, pode ser luxado ou subluxado após manobra provocativa.
Embriologia e Fisiopatologia
Por volta da 11ª semana a articulação do quadril está formada, porém, o desenvolvimento do acetábulo continua durante toda vida uterina, por meio do crescimento do lábio acetabular.
Para que ocorra o correto desenvolvimento e formação óssea do acetábulo e da cabeça femoral, é necessário que haja a centralização da cabeça femoral no acetábulo.
Conforme o quadril fica mais tempo luxado, maior é o grau de deformidade do acetábulo, fêmur e partes moles.
Cartilagem subcapital: Une o núcleo da cabeça à metáfise; assegura o comprimento do colo do fêmur; responsável por 30% do crescimento do fêmur; submetido à pressão.
Cartilagem trirradiada (em Y): Responsável pelo crescimento e morfologia do acetábulo e crescimento da pelve.
Na criança normal, a cabeça femoral ossifica entre os quatro e oito meses, e na DDQ até os nove meses. Se não aparecer o centro de ossificação até os dois anos, é sinal de necrose.
Saiba mais conferindo o episódio completo do podcast do Whitebook. Ouça abaixo!