A pancreatite aguda é uma condição inflamatória causada por ativação intracelular e extravasamento inapropriado de enzimas proteolíticas que determinam a destruição e afetam o tecido pancreático e peripancreático adjacente.

A classificação de Balthazar é um score de gravidade da pancreatite aguda através da análise das imagens tomográficas, sendo definida da seguinte forma:

A – Normal (lembrar que não exclui pancreatite)
B – Pâncreas com aumento do volume, com todos os outros parâmetros normais
C – Infiltração da gordura peripancreática
D – Presença de uma coleção fluida peripancreática aguda (coleção fluida = definida como acúmulo de líquido homogêneo e sem paredes em qualquer recesso do abdome).
E – Duas ou mais coleções fluidas peripancreáticas agudas.

Nesse caso é a pancreatite aguda escore de Balthazar E. Setas brancas evidenciam pâncreas de volume aumentado e densificação/ infiltração da gordura peripancreática. Observar nos asteriscos brancos a presença de duas coleções fluidas no espaço pararrenal a direita e goteria parietocólica a esquerda.

A Tomografia computadorizada do abdome é o método padrão ouro diante do quadro clínico e laboratorial de pancreatite aguda. O exame deve ser realizado 48-72 horas após o início dos sintomas e seu principal objetivo é descartar ou confirmar a presença de necrose pancreática que em geral, se estabelece em 24-48 horas. O estudo deve ser realizado sempre sem contraste, seguido de aquisições com contraste na fase pancreática/ portal.