Homem, 41 anos, solteiro, ajudante de serviços gerais, ex etilista, apresentava há três semanas mal-estar, picos febris, linfonodomegalias em cadeia axilar, cervical e inguinal e úlceras plantares bilaterais, rasas, com fundo necrótico e exsudato purulento. Qual o diagnóstico?
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1. Pergunta
Homem, 41 anos, solteiro, ajudante de serviços gerais, ex etilista, apresentava há três semanas mal-estar, picos febris, linfonodomegalias em cadeia axilar, cervical e inguinal e úlceras plantares bilaterais, rasas, com fundo necrótico e exsudato purulento.
Figuras 1 e 2: Úlceras rasas com fundo necrótico e exsudato purulento em região plantar.
Com base na história acima quais as suas suspeitas diagnósticas? Qual exame escolheria para investigação?
Correto
Resposta: b) Sífilis e linfoma – VDRL
Paciente apresentou VDRL reagente (1/256) e FTA-ABS positivo, confirmando a suspeita clínica de sífilis. Anti-HIV e sorologias para hepatites foram negativos.
A sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum. Na fase primária ocorre a formação de uma úlcera genital indolor e transitória, que pode passar despercebida.
A fase secundária ocorre até seis meses depois, como consequência da disseminação hematogênica da bactéria. Nesse estágio, várias apresentações clínicas são possíveis, podendo mimetizar outras condições – por isso o famoso termo “a grande imitadora”. Essas manifestações incluem febre, cefaleia e rash maculopapular envolvendo o tronco e extremidades. Essa erupção cutânea pode ser confundida com mononucleose, ptiríase rósea, farmacodermia, síndrome retroviral aguda pelo HIV, dentre outras.
Uma característica peculiar da sífilis é o acometimento palmo-plantar: a presença de lesões eritemato-escamosas nessa topografia deve levantar a suspeita de sífilis secundária, o que facilita a diferenciação das condições clínicas acima descritas. O caso em questão foi um desafio diagnóstico pela apresentação atípica das lesões plantares: ulcerações não são frequentes. Nas figuras 3 e 4 nota-se a rápida melhora das lesões após o tratamento com penicilina benzatina.
Figuras 3 e 4: evolução das lesões plantares após tratamento com penicilina benzatina.
Caso o indivíduo não seja tratado na fase secundária, a maioria entra em uma fase latente e 15 a 40% desenvolve sífilis terciária, com acometimento cardíaco, neurológico, cutâneo, visceral ou ósseo. Essas lesões são raras no cenário atual, provavelmente devido ao amplo uso de antibióticos.
Referências bibliográficas:
Hughes Y. Do not miss secondary syphilis: examine the palms and soles. BMJ Case Rep. 2020 Nov 24;13(11):e237725.
Boctor N, Aronowitz P. Syphilis as Athlete’s Foot: “The Great Imitator” Strikes Again. J Gen Intern Med. 2020 Jan;35(1):350.
Peeling RW et al. Syphilis. Nat Rev Dis Primers. 2017 Oct 12; 3: 17073.
Incorreto
Resposta: b) Sífilis e linfoma – VDRL
Paciente apresentou VDRL reagente (1/256) e FTA-ABS positivo, confirmando a suspeita clínica de sífilis. Anti-HIV e sorologias para hepatites foram negativos.
A sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum. Na fase primária ocorre a formação de uma úlcera genital indolor e transitória, que pode passar despercebida.
A fase secundária ocorre até seis meses depois, como consequência da disseminação hematogênica da bactéria. Nesse estágio, várias apresentações clínicas são possíveis, podendo mimetizar outras condições – por isso o famoso termo “a grande imitadora”. Essas manifestações incluem febre, cefaleia e rash maculopapular envolvendo o tronco e extremidades. Essa erupção cutânea pode ser confundida com mononucleose, ptiríase rósea, farmacodermia, síndrome retroviral aguda pelo HIV, dentre outras.
Uma característica peculiar da sífilis é o acometimento palmo-plantar: a presença de lesões eritemato-escamosas nessa topografia deve levantar a suspeita de sífilis secundária, o que facilita a diferenciação das condições clínicas acima descritas. O caso em questão foi um desafio diagnóstico pela apresentação atípica das lesões plantares: ulcerações não são frequentes. Nas figuras 3 e 4 nota-se a rápida melhora das lesões após o tratamento com penicilina benzatina.
Figuras 3 e 4: evolução das lesões plantares após tratamento com penicilina benzatina.
Caso o indivíduo não seja tratado na fase secundária, a maioria entra em uma fase latente e 15 a 40% desenvolve sífilis terciária, com acometimento cardíaco, neurológico, cutâneo, visceral ou ósseo. Essas lesões são raras no cenário atual, provavelmente devido ao amplo uso de antibióticos.
Referências bibliográficas:
Hughes Y. Do not miss secondary syphilis: examine the palms and soles. BMJ Case Rep. 2020 Nov 24;13(11):e237725.
Boctor N, Aronowitz P. Syphilis as Athlete’s Foot: “The Great Imitator” Strikes Again. J Gen Intern Med. 2020 Jan;35(1):350.
Peeling RW et al. Syphilis. Nat Rev Dis Primers. 2017 Oct 12; 3: 17073.
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Dermatologista, graduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais ⦁ Realizou intercâmbio acadêmico no Departamento de Dermatologia da Radboud University, Holanda ⦁ Residência médica de Dermatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro ⦁ Aprovada no TED - Título de Especialista em Dermatologia e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Bom dia.Muito obrigado E parabens PEBMEDnemDra Gabriella Aquino,pelo caso sobre Sífilis secundária.Acho que as linfonodomegalias devem ser mais ressaltados para fechar diagnóstico.E fundamental pesquisar gânglios linfatticosmna suspeita de Sífilis o que justificampensarnem Mononucleose infecciosa.
Bom dia.Muito obrigado E parabens PEBMEDnemDra Gabriella Aquino,pelo caso sobre Sífilis secundária.Acho que as linfonodomegalias devem ser mais ressaltados para fechar diagnóstico.E fundamental pesquisar gânglios linfatticosmna suspeita de Sífilis o que justificampensarnem Mononucleose infecciosa.