Resposta: d) Ultrassonografia do abdome

Lembrando que se trata de um paciente pediátrico e deste modo, para avaliação do abdome, devemos evitar expô-lo a radiação ionizante (princípio ALARA – “As Low As Reasonably Achievable”) e deste modo, a tomografia computadorizada do abdome não será primeira escolha. A ressonância magnética do abdome também possui o inconveniente de necessitar de sedação nos pacientes pediátricos por ser um exame altamente afetado por artefatos de movimento. Deste modo, a resposta mais adequada é ultrassonografia do abdome, por se tratar de um exame rápido, de baixo custo, fácil acesso e livre de radiação ionizante. Usamos de rotina para avaliação do abdome pediátrico. 

Resposta: b) Infarto esplênico

O aspecto de imagem sugere a possibilidade de infarto esplênico, pois trata-se de uma lesão em cunha, com formato triangular, hipoecoico e durante a avaliação com Doppler colorido, não há fluxo nesta região (seta vermelha), confirmando a possibilidade de isquemia/infarto. 

Dentre as causas de infarto esplênico temos pacientes de anemia falciforme (como nosso caso), estados de hipercoagulabilidade, eventos embólicos (como endocardite nos pacientes mais velhos), doenças do colágeno, aneurisma de artéria esplênica, pancreatite, trauma, leucemia e outras. Os pacientes em geral apresentam quadro súbito de dor abdominal no hipocôndrio esquerdo, podendo estar associado ou não a sintomas constitucionais como, febre. 

O tratamento em geral é sintomático com analgesia, hidratação e monitorização do quadro. A esplenectomia é reservada para quadros mais graves e persistentes.