Quiz: quadro de dispneia e tosse, abdome tomografado. O que será?
Paciente 63 anos, sexo masculino, foi à Emergência por quadro de dispneia e toss e realizou tomografia computadorizada de tórax. E o diagnóstico? Teste seus conhecimentos no Quiz PEBMED! Continue testando seus conhecimento em outros quizzes: Quiz: paciente 88 anos, com quadro de dor abdominal. O que será? Quiz: Paciente 9 anos com sinais de …
Paciente 63 anos, sexo masculino, foi à Emergência por quadro de dispneia e toss e realizou tomografia computadorizada de tórax. E o diagnóstico? Teste seus conhecimentos no Quiz PEBMED!
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Quiz PEBMED
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1. Pergunta
Paciente 63 anos, sexo masculino, foi à Emergência por quadro de dispneia e tosse, suspeito para Covid-19. Chega à Emergência com saturação de 89%. Realizou Tomografia computadorizada de tórax para avaliar extensão da doença.
Durante o exame do tórax, uma parte do abdome foi tomografada e será objeto da nossa discussão.
Qual a alteração encontrada no estudo parcial do abdome?
Correto
Resposta: Lesão hipodensa no pólo superior do rim direito
Ao analisar adequadamente a lesão e sua medida de densidade, observamos que a lesão se encontra na adrenal direita (seta vermelha) e apresenta uma densidade de -3 UH (densidade de gordura). Desse modo, com tranquilidade, o radiologista pode sugerir a possibilidade de adenoma de adrenal. Na seta amarela, observamos a adrenal esquerda.
O adenoma de adrenal trata-se de uma lesão incidental, na maioria das vezes de natureza benigna. Na maioria dos casos, caracteriza-se por densidade inferior a 10UH na tomografia computadorizada ou pela queda de sinal na sequência out phase na ressonância magnética. No nosso caso, trata-se de uma lesão na base da adrenal direita, com densidade negativa (- 3UH), falando mais ainda a favor de conteúdo gorduroso e da possibilidade de adenoma.
Quando vemos na tomografia lesões adrenais incidentais, existem algumas possibilidades diagnósticas: adenoma rico em conteúdo lipídico (< 10UH na tomografia sem contraste ou queda de sinal na sequência T1 out phase da ressonância), mielolipoma (presença de gordura macroscópica na tomografia), cisto (densidade líquida, sem realce), hemorragia (hiperdensa, densidade superior a 50/60 UH na tomografia) e lesões que contém calcificação (adenoma, mielolipoma, trauma e doença granulomatosa).
Cabe lembrar que existem ainda os adenomas pobres em gordura. Esses podem apresentar um diagnóstico mais difícil na tomografia e, nestes casos, quando a densidade da lesão na fase sem contraste não é inferior a 10 UH, devemos prosseguir com o estudo contrastado, dinâmico do abdome, com as seguintes fases: fase pré contraste, fase venosa (cerca de 60 seg após a infusão do contraste) e fase tardia de 15 min. Posteriormente, é realizado o cálculo do wash out da lesão.
Referências bibliográficas:
Characterization of lipid-poor adrenal adenoma: chemical-shift MRI and washout CT. Seo JM, Park BK, Park SY, Kim CK. AJR Am J Roentgenol. 2014 May; 202 (5): 1043-50.
Update on CT and MRI of Arenal Nodules. By Schieda N, Siegelman ES. AJR Am J Roentgenol. 2017 Jun; 208 (ˆ): 1206-1217.
Incorreto
Resposta: Lesão hipodensa no pólo superior do rim direito
Ao analisar adequadamente a lesão e sua medida de densidade, observamos que a lesão se encontra na adrenal direita (seta vermelha) e apresenta uma densidade de -3 UH (densidade de gordura). Desse modo, com tranquilidade, o radiologista pode sugerir a possibilidade de adenoma de adrenal. Na seta amarela, observamos a adrenal esquerda.
O adenoma de adrenal trata-se de uma lesão incidental, na maioria das vezes de natureza benigna. Na maioria dos casos, caracteriza-se por densidade inferior a 10UH na tomografia computadorizada ou pela queda de sinal na sequência out phase na ressonância magnética. No nosso caso, trata-se de uma lesão na base da adrenal direita, com densidade negativa (- 3UH), falando mais ainda a favor de conteúdo gorduroso e da possibilidade de adenoma.
Quando vemos na tomografia lesões adrenais incidentais, existem algumas possibilidades diagnósticas: adenoma rico em conteúdo lipídico (< 10UH na tomografia sem contraste ou queda de sinal na sequência T1 out phase da ressonância), mielolipoma (presença de gordura macroscópica na tomografia), cisto (densidade líquida, sem realce), hemorragia (hiperdensa, densidade superior a 50/60 UH na tomografia) e lesões que contém calcificação (adenoma, mielolipoma, trauma e doença granulomatosa).
Cabe lembrar que existem ainda os adenomas pobres em gordura. Esses podem apresentar um diagnóstico mais difícil na tomografia e, nestes casos, quando a densidade da lesão na fase sem contraste não é inferior a 10 UH, devemos prosseguir com o estudo contrastado, dinâmico do abdome, com as seguintes fases: fase pré contraste, fase venosa (cerca de 60 seg após a infusão do contraste) e fase tardia de 15 min. Posteriormente, é realizado o cálculo do wash out da lesão.
Referências bibliográficas:
Characterization of lipid-poor adrenal adenoma: chemical-shift MRI and washout CT. Seo JM, Park BK, Park SY, Kim CK. AJR Am J Roentgenol. 2014 May; 202 (5): 1043-50.
Update on CT and MRI of Arenal Nodules. By Schieda N, Siegelman ES. AJR Am J Roentgenol. 2017 Jun; 208 (ˆ): 1206-1217.
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Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ. Residência médica em Radiologia e diagnóstico por imagem na Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ. Especialização em Radiologia Pediátrica em 2018. Médica radiologista pediátrica no Hospital Municipal Jesus, Instituto Fernandes Figueira (IFF) e Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG).