Paciente de 1 mês de vida internada com febre e tosse, realizou radiografia de tórax na sua admissão na enfermaria. A mãe referiu uma hiperemia no membro superior direito da paciente, percebido após a colocação de um acesso venoso periférico. Quais são os achados na radiografia de tórax? Veja mais detalhes sobre o caso e responda o quiz!
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1. Pergunta
Paciente de 1 mês de vida internada com febre e tosse, realizou radiografia de tórax na sua admissão na enfermaria. A mãe referiu uma hiperemia no membro superior direito da paciente, percebido após a colocação de um acesso venoso periférico.
Ao exame físico: criança em bom estado geral, hidratada, anictérica. Febril no momento do exame. MMSS: aumento das partes moles e hiperemia no membro superior direito.
Exames laboratoriais: leucocitose com desvio para a esquerda. VHS muito aumentado.
1- Quais são os achados na radiografia de tórax?
Correto
Radiografia de tórax AP evidenciando infiltrado intersticial peri-hilar, bilateral e simétrico (setas vermelhas). Na radiografia do membro superior direito observamos aumento das partes moles profundas, com importante destruição da epífise umeral (asterisco) e reação periosteal (setas brancas).
Incorreto
Radiografia de tórax AP evidenciando infiltrado intersticial peri-hilar, bilateral e simétrico (setas vermelhas). Na radiografia do membro superior direito observamos aumento das partes moles profundas, com importante destruição da epífise umeral (asterisco) e reação periosteal (setas brancas).
Pergunta 2 de 2
2. Pergunta
Qual sua principal hipótese para o caso, relacionado à lesão umeral?
Correto
O caso deve nos fazer lembrar e pensar na possibilidade de osteomielite aguda levando a destruição da epífise umeral direita. Devemos antes de tudo, relembrar a vascularização dos ossos longos dependendo da faixa etária do paciente. Nos pacientes com menos de 18 meses de idade, a vascularização metafisária, transfisária e epifisária são as mesmas e deste modo, a infecção da osteomielite não ficará restrita apenas a metáfise, podendo envolver também a fise e epífise do osso longo acometido. Já nas crianças mais velhas (entre 18 meses e 16 anos) a epífise e metáfise possuem vascularização própria. Isso evita que a infecção chegue à epífise e se localize nesta faixa etária, classicamente na metáfise. Desta forma, devemos ter em mente que os achados de imagem vão depender da apresentação clínica e da idade do paciente.
Vale lembrar que a radiografia simples tem uma sensibilidade baixa nos primeiros dez dias da infecção. Nesta fase somente observamos o aumento de partes moles. Achados comuns na osteomielite aguda como, reação periosteal, perda da arquitetura óssea, osteopenia e lesões líticas/ destruição óssea serão visualizados na radiografia somente após uma semana do início do quadro.
Na fase aguda existem dois grandes exames: o primeiro deles é a ultrassonografia. Este exame deve ser usado na ausência de ressonância magnética (RM) e/ou quando há indisponibilidade ou impossibilidade de sedação para realização da RM. A ultrassonografia indica com facilidade o abcesso subperiosteal que é patognomônico de osteomielite aguda. A ressonância magnética é o padrão-ouro na avaliação da osteomielite aguda, pois avalia com clareza as áreas de acometimento ósseo, presença de coleções e extensão para a região articular.
Referências bibliográficas:
Desimpel J, Posadzy M, Vanhoenacker FM. The Many Faces of Osteomyelitis: A Pictorial Review. Journal of the Belgian Society of Radiology. 2017;101(1):24.
Hatzenbuehler, J and Pulling, TJ (2012). Diagnosis and management of osteomyelitis. Insights Imaging 3: 519–533.
Grey, AC, Davies, AM, Mangham, DC, Grimer, RJ and Ritchie, DA (1998). The penumbra sign on T1-weighted MR imaging in subacute osteomyelitis: frequency, cause and significance. Clinical Radiology 53: 587–92.
Incorreto
O caso deve nos fazer lembrar e pensar na possibilidade de osteomielite aguda levando a destruição da epífise umeral direita. Devemos antes de tudo, relembrar a vascularização dos ossos longos dependendo da faixa etária do paciente. Nos pacientes com menos de 18 meses de idade, a vascularização metafisária, transfisária e epifisária são as mesmas e deste modo, a infecção da osteomielite não ficará restrita apenas a metáfise, podendo envolver também a fise e epífise do osso longo acometido. Já nas crianças mais velhas (entre 18 meses e 16 anos) a epífise e metáfise possuem vascularização própria. Isso evita que a infecção chegue à epífise e se localize nesta faixa etária, classicamente na metáfise. Desta forma, devemos ter em mente que os achados de imagem vão depender da apresentação clínica e da idade do paciente.
Vale lembrar que a radiografia simples tem uma sensibilidade baixa nos primeiros dez dias da infecção. Nesta fase somente observamos o aumento de partes moles. Achados comuns na osteomielite aguda como, reação periosteal, perda da arquitetura óssea, osteopenia e lesões líticas/ destruição óssea serão visualizados na radiografia somente após uma semana do início do quadro.
Na fase aguda existem dois grandes exames: o primeiro deles é a ultrassonografia. Este exame deve ser usado na ausência de ressonância magnética (RM) e/ou quando há indisponibilidade ou impossibilidade de sedação para realização da RM. A ultrassonografia indica com facilidade o abcesso subperiosteal que é patognomônico de osteomielite aguda. A ressonância magnética é o padrão-ouro na avaliação da osteomielite aguda, pois avalia com clareza as áreas de acometimento ósseo, presença de coleções e extensão para a região articular.
Referências bibliográficas:
Desimpel J, Posadzy M, Vanhoenacker FM. The Many Faces of Osteomyelitis: A Pictorial Review. Journal of the Belgian Society of Radiology. 2017;101(1):24.
Hatzenbuehler, J and Pulling, TJ (2012). Diagnosis and management of osteomyelitis. Insights Imaging 3: 519–533.
Grey, AC, Davies, AM, Mangham, DC, Grimer, RJ and Ritchie, DA (1998). The penumbra sign on T1-weighted MR imaging in subacute osteomyelitis: frequency, cause and significance. Clinical Radiology 53: 587–92.
A respeito do acompanhamento desta paciente e de outros casos de abortamento provocado, qual das alternativas a seguir você deve considerar como sendo mais adequada? Clique no banner abaixo e responda no nosso fórum.
Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ. Residência médica em Radiologia e diagnóstico por imagem na Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ. Especialização em Radiologia Pediátrica em 2018. Médica radiologista pediátrica no Hospital Municipal Jesus, Instituto Fernandes Figueira (IFF) e Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG).
publicações pela PEBMED são do meu agrado