Reparo artroscópico versus “mini-open” para reparo do manguito rotador

Um estudo comparou o reparo do manguito rotador aberto minimamente invasivo (MO) com a abordagem artroscópica (AA).

Pacientes com lesões completas do manguito rotador que apresentam dor persistente apesar do tratamento conservador podem se beneficiar do reparo cirúrgico. Diferentes técnicas cirúrgicas podem ser utilizadas para o tratamento destas lesões, sendo populares as técnicas envolvendo o reparo artroscópico e o reparo aberto através de técnica minimamente invasiva (“mini-open”). 

Para investigar a diferença entre as duas técnicas , um ensaio clínico randomizado foi desenhado. O estudo comparou o reparo do manguito rotador aberto minimamente invasivo (MO) com a abordagem artroscópica (AA). O estudo foi publicado em outubro de 2021 na revista científica The American Journal of Sports Medicine. 

dor no ombro

Métodos 

Foram incluídos no estudo participantes com ruptura do manguito rotador que foram randomizados para reparo de MO ou artroscópico em nove centros de tratamento. O resultado primário (Western Ontario Rotator Cuff Index) e os resultados secundários (American Shoulder and Elbow Surgeons), subescala de dor do Shoulder Pain and Disability Index, 12-Item Short Form Health Survey, uso de medicamentos relatados, eventos adversos), bem como medidas de amplitude de movimento e força, foram coletados um mês antes da cirurgia; em duas e seis semanas de pós-operatório; e aos 3, 6, 12, 18 e 24 meses de pós-operatório.      

 A avaliação dos resultados utilizou estratégia de cegamento, tendo um radiologista avaliado a integridade do manguito rotador na ressonância magnética no início do estudo e após um ano de seguimento.  

Resultados 

Um total de 954 pacientes foram triados para o estudo, dos quais 411 eram inelegíveis para o estudo (276 devido à recuperação com fisioterapia). Dos 449 pacientes encaminhados para cirurgia, 274 completaram o acompanhamento (138 MO e 136 AA). Os grupos AA e MO eram semelhantes antes da cirurgia. Os escores WORC melhoraram de 40 no pré-operatório para 89 (AA) e 93 (MO) em dois anos, para uma diferença média ajustada de 3,4 (95% CI, -0,4 a 7,2). Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos AA e MO em nenhum momento. Todos os desfechos secundários relatados pelos pacientes não foram significativamente diferentes entre os grupos MO e AA, exceto o escore de dor SPADI de dois anos (oito versus 12, respectivamente; P = 0,02).  

Leia também: O efeito do ácido tranexâmico no reparo artroscópico do manguito rotador

Conclusão 

Os resultados desse estudo sugerem que as técnicas de reparo do manguito rotador AA e MO proporcionam grandes benefícios clínicos, com poucos eventos adversos e taxa de melhora clínica equivalente.

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • MacDermid JC, Bryant D, Holtby R, Razmjou H, Faber K; JOINTS Canada, Balyk R, Boorman R, Sheps D, McCormack R, Athwal G, Hollinshead R, Lo I, Bicknell R, Mohtadi N, Bouliane M, Glasgow D, Lebel ME, Lalani A, Moola FO, Litchfield R, Moro J, MacDonald P, Bergman JW, Bury J, Drosdowech D. Arthroscopic Versus Mini-open Rotator Cuff Repair: A Randomized Trial and Meta-analysis. Am J Sports Med. 2021 Oct 

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