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A hipertensão pulmonar é uma complicação grave da esclerodermia. Em um artigo do British Medical Journal (BMJ), pesquisadores tentaram identificar fatores associados a desfechos favoráveis em pacientes com a doença e hipertensão pulmonar precoce.
Para esse estudo, 57 pacientes com hipertensão pulmonar matriculados na coorte DETECT foram acompanhados por três anos. Destes, 25 tiveram progressão da doença.
Os fatores associados à progressão da doença foram:
- Sexo masculino (OR = 4,1 [IC de 95%: 1,2 a 14,1]);
- Alta capacidade vital forçada % / taxa de capacidade de difusão dos pulmões para o monóxido de carbono (DLCO) % (OR = 3,6 [IC de 95%: 1,2 a 10,7]);
- Índice de dispneia elevado na escala Borg (OR = 1,7 [IC de 95%: 1,1 a 2,6]);
- Baixo DLCO % (relação não-linear).
Mais de 40% dos pacientes diagnosticados precocemente com esclerodermia e hipertensão pulmonar tiveram progressão da doença durante o período de acompanhamento, com gênero masculino, capacidade funcional e testes de função pulmonar associados à progressão. Para os pesquisadores, esses achados sugerem que mesmo a hipertensão pulmonar leve deve ser considerada uma complicação de alto risco da esclerodermia.
Veja também: ‘Acometimento miocárdico nas doenças autoimunes’
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências:
- Mihai C, Antic M, Dobrota R, et al Factors associated with disease progression in early-diagnosed pulmonary arterial hypertension associated with systemic sclerosis: longitudinal data from the DETECT cohort Annals of the Rheumatic Diseases 2018;77:128-132.