Imagine o seguinte cenário: Paciente ALN, feminino, 62 anos, compareceu à emergência com queixa de dor intensa em fossa ilíaca esquerda há 4 dias, sem irradiação, com piora nas últimas 48 horas, apresentando febre de 38,6°C, hiporexia e náusea.
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No exame se constata:
Paciente em regular estado geral, lúcido e orientado no tempo e no espaço, hipocorada(+/IV), anictérica e febril.
Dados vitais: PR = 120bpm, FR = 25ipm, Tax = 38,5°C, PA = 100x70mmHg.
Ausculta cardíaca e pulmonar sem alterações.
Abdome: ruídos hidroaéreos diminuídos, timpânico, doloroso a palpação superficial e profunda em flanco e fossa ilíaca esquerda. Sem massas e/ou visceromegalias. Traube livre.
O laboratório de admissão apresentou as seguintes alterações:
Hb 11,5 g/dl
Ht 34%
Leucocitose 15630 com desvio à esquerda.
Lactato 2,5 mmol/L
Foi realizada hidratação venosa, e sintomáticos evoluem com melhora da FC e febre, porém dor refratária à medicação. Paciente foi internada após 5 horas da chegada à unidade emergencial, com diagnóstico de diverticulite aguda com complicação.
Foi realizado novo laboratório, durante a internação, com as seguintes alterações:
Hb 10, 7 g/dl
Ht 31%
Leucocitose 17620 com desvio a esquerda
Lactato 4,6 mmol/L
Neste momento, é necessário se fazer algumas perguntas para tomar as decisões de acompanhamento e terapia no paciente com sepse.
Quer saber mais sobre a conduta médica neste caso? Confira no vídeo completo “Sepse: devo acompanhar o lactato?”. Onde encontrar? Clinical Drops – Infectologia – Sepse
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Abraço!
Coautora: Dra. Juliana Froes – Clínica Médica
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED