Shigelose MDR: Uma DST emergente (Conduta médica em Infectologia)

A shigelose é comumente transmitida entre crianças e seus cuidadores, devido ao contato com fezes contaminadas (transmissão fecal-oral).

A shigelose, doença gastrintestinal causada pela bactéria Shigella sp, é comumente transmitida entre crianças e seus cuidadores, devido ao contato com fezes contaminadas (transmissão fecal-oral). Recente publicação do CDC americano alerta para a emergência de um novo meio de contágio da doença, especificamente em adultos. Muitos relatos recentes documentam maior risco de shigelose MDR em homens que fazem sexo com outros homens (HSH). Algumas práticas sexuais como sexo anal-oral, contato anal-digital e outros que propiciam a exposição a fezes podem transmitir a bactéria.

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Cepas resistentes (MDR) de Shigella sp parecem ser mais prevalentes em HSH do que em outros grupos populacionais nos Estados Unidos, porém a transmissão não é exclusiva deste grupo. Um pequeno inóculo já é suficiente para causar infecção, o que facilita muito a propagação e emergência da doença.

Diante da suspeita de shigelose, as principais condutas médicas a serem tomadas correspondem a:

  • Solicitar coprocultura com antibiograma;

  • Aconselhar lavagem de mãos sempre com sabão e água corrente, especialmente após usar o banheiro ou trocar as fraldas de uma criança com shigelose;

  • Aconselhar evitar o uso de piscinas e outros locais de banho comum até que a diarreia acabe (em crianças com fralda deve-se aguardar até 1 semana após o fim da diarreia);

  • Manter crianças com shigelose fora do ambiente de creches e colégios até o fim da diarreia;

  • Aconselhar evitar preparar alimentos para outras pessoas enquanto estiver doente, e, caso necessário, lavar bem as mãos;

  • Aconselhar evitar relações sexuais enquanto doente e por 2 semanas após o fim do quadro;

  • Aconselhar higiene dos órgãos sexuais antes e depois da relação;

  • Aconselhar o uso de métodos de barreira durante relações sexuais.

Como a maioria dos pacientes se recupera em 5-7 dias sem tratamento antimicrobiano, o mesmo não está indicado de rotina. Caso necessário, o uso de antibióticos deve ser guiado pelo antibiograma, e o tratamento costuma durar de 3 a 5 dias, na dependência do agente utilizado.

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Referências:

  • https://www.medscape.com/viewarticle/869602#vp_2

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