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A U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) publicou no começo de setembro uma diretriz com novas recomendações para rastreio da sífilis em mulheres grávidas. A orientação tem o intuito de evitar a transmissão da doença infecciosa da mãe para o bebê. A diretriz da entidade é consistente com a de outros órgãos de saúde internacionais.
A USPSTF recomenda que o screening para sífilis seja realizado em todas as mulheres gestantes já nos estágios iniciais da gravidez, mesmo que não haja manifestação clínica da doença. Esta é uma recomendação de nível A. A presença da sífilis é verificada por meio de um teste sanguíneo e, caso o resultado seja positivo, o tratamento com base em penicilina deve ser iniciado imediatamente.
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Se não tratada, a sífilis pode ser transmitida para o bebê em qualquer momento da gestação, caracterizando assim a sífilis congênita. A doença infecciosa pode provocar nascimento prematuro, má-formação do feto, morte neonatal, sequelas neurológicas, deformidades ósseas, cegueira, surdez, etc.
Conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de infecções por sífilis congênita nos Estados Unidos voltou a crescer (de 2012 a 2016), após leve queda ocorrida entre 2008 e 2012; a taxa foi de 8,4 casos por 100 mil nascimentos de crianças vivas (em 2012) para 15,7 casos por 100 mil nascimentos de crianças vivas (em 2016); representando uma alta de 87%.
De acordo com o Ministério da Saúde, os casos de sífilis no Brasil aumentaram 27,9% de 2015 para 2016. A incidência de sífilis congênita cresceu 4,7% e o índice de grávidas infectadas teve aumento de 4,7% no mesmo período.
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*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências:
- US Preventive Services Task Force. Screening for Syphilis Infection in Pregnant WomenUS Preventive Services Task Force Reaffirmation Recommendation Statement. JAMA. 2018;320(9):911–917. doi:10.1001/jama.2018.11785
- Casos de sífilis em adultos aumentam 27,9% em um ano. 31/10/2017 – Andreia Verdélio – Agência Brasil