Síndrome coronariana aguda na gravidez

As doenças cardiovasculares são uma das principais causas de mortalidade materna na gravidez e puerpério. Em países desenvolvidos, como a Inglaterra, a síndrome coronariana aguda (SCA) já passou a hipertensão como principal causa cardiovascular de morte na gestação. Como diagnosticar e tratar a SCA?

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As doenças cardiovasculares são uma das principais causas de mortalidade materna na gravidez e puerpério. Em países desenvolvidos, como a Inglaterra, a síndrome coronariana aguda (SCA) já passou a hipertensão como principal causa cardiovascular de morte na gestação. Felizmente, este evento ainda é pouco comum, ocorrendo em média 1 a cada 100 mil nascimentos na Inglaterra e 1 a cada 35 mil na Califórnia.

Qual o paciente de risco?

O risco é maior nas gestantes com mais de 35 anos, IMC > 30 kg/m², tabagistas e hipertensas. Claro que os demais fatores de risco, como diabetes e dislipidemia, também são importantes. Mas, estatisticamente, idade, fumo e PA são os maiores determinantes do risco de SCA. Como exemplo, em um estudo inglês, cada ano a mais da mãe esteve associado com um risco 30% maior de IAM. A maior parte das SCA ocorre no terceiro trimestre ou puerpério imediato.

O que fazer na paciente com dor precordial?

A abordagem diagnóstica é a mesma da população em geral, com o protocolo de dor torácica: em 10 minutos você deve realizar uma história sucinta, exame físico direcionado e obter um ECG, a fim de dividir o grupo em dois: com e sem supradesnível do segmento ST! A seguir, solicite a curva enzimática.

E o tratamento?

Esse é o ponto de maior controvérsia. Ao contrário da população geral, a aterosclerose representa apenas metade dos casos de SCA na gestação, havendo tromboses sem aterosclerose e, principalmente, dissecção espontânea das coronárias (SCAD, cuja diretriz foi revisada por nossa equipe recentemente.).

Em uma revisão recente, os autores identificaram estudos insuficientes para traçar conclusões definitivas. As drogas mais estudadas são o AAS, betabloqueadores e heparina, na “turma” dos “seguros”, e iECA/BRA e estatinas, na “turma” dos contraindicados. Na Tabela abaixo resumimos os principais fármacos.

Um ponto importante é a coronariografia. Sua indicação segue a população em geral, sendo indispensável quando há supradesnível do segmento ST. O hemodinamicista deve estar atento ao risco de SCAD, o que requer manuseio mais cuidadoso do guia e do cateter.

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Referência: 

http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1741826711432117?journalCode=cprc

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