Treinamento cognitivo computadorizado pode ajudar idosos com comprometimento cognitivo leve

Pesquisadores realizaram uma nova investigação para entender melhor os resultados em relação ao treinamento cognitivo computadorizado em idosos.

Pesquisadores realizaram uma nova investigação para entender melhor os resultados em relação ao treinamento cognitivo computadorizado em idosos. Para isso, foi realizada uma revisão sistemática e metanálise com ensaios clínicos randomizados e controlados que avaliaram os efeitos do treinamento cognitivo computadorizado em um ou mais desfechos cognitivos ou comportamentais em idosos com comprometimento cognitivo leve ou demência.

Os ensaios incluídos empregavam, pelo menos, quatro horas de práticas com objetivos cognitivos, videogames ou simulações em realidade virtual. Controles ativos foram utilizados em 70% dos ensaios (treinamento cognitivo computadorizado simulado, psicoeducação, treinamento cognitivo com papel e lápis) e o restante usou controles passivos (sem contato, listas de espera).

Foram identificados 17 estudos envolvendo 686 idosos com comprometimento cognitivo leve. A média de idade variou de 67 a 81 anos e 52% dos participantes eram mulheres. Doze ensaios avaliaram idosos com demência, totalizando 201. A média de idade variou de 66 a 81 anos e 64% dos participantes eram mulheres.Os ensaios incluídos empregavam, pelo menos, quatro horas de práticas com objetivos cognitivos, videogames ou simulações em realidade virtual. Controles ativos foram utilizados em 70% dos ensaios (treinamento cognitivo computadorizado simulado, psicoeducação, treinamento cognitivo com papel e lápis); 30% usaram controles passivos (sem contato, listas de espera).

Veja também: ‘Correção de fatores de risco diminui chance de declínio cognitivo?’

Nos participantes com comprometimento cognitivo leve foi observado efeito global moderado e estatisticamente significativo (g = 0,35; intervalo de confiança [IC] 95% = 0,20-0,51; p<0,001). Treinamento cognitivo computadorizado não apresentou eficácia para memória não verbal, função executiva, velocidade de processamento e habilidades visuoespaciais.

Nos participantes com demência, o impacto na cognição global foi pequeno (k=11; g=0,26; IC 95% = 0,01-0,52; p=0,045) e o treinamento cognitivo computadorizado não foi eficaz em muitos domínios.

Os resultados sugerem que o treinamento computadorizado pode ajudar idosos com comprometimento cognitivo leve, melhorando aspectos relacionados à cognição global, memória operacional, atenção, aprendizado e sintomas depressivos. Por outro lado, a evidência em pessoas com demência é fraca e limitada a ensaios de tecnologias imersivas.

*Artigo revisado pela biomédica Juliana Festa

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Referências:

  • Hill NTM, Mowszowski L, Naismith SL, Chadwick VL, Valenzuela M, Lampit A. Computerized cognitive training in older adults with mild cognitive impairment or dementia: a systematic review and meta-analysis. Am J Psychiatry. 2016 Nov 14. [Epub ahead of print].

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