Essa é uma dúvida comum de todos os recém formados independente da sua área. Na enfermagem essa dúvida é ainda maior por se tratar de um dos poucos cursos em que você se forma e deve estar preparado para liderar uma equipe no primeiro dia de trabalho.
Para nós, enfermeiros Juan e Camila, não foi diferente.
A nossa história é mais ou menos assim…
Há exatos 10 anos, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) diplomava o enfermeiro Juan que já trabalhava como técnico de enfermagem em um CTI pediátrico e tinha certeza que queria ser um bom enfermeiro pediatra. Enquanto a Universidade Federal Fluminense (UFF) formava a enfermeira Camila, apaixonada por bebês e sonhava trabalhar com neonatologia.
Em comum, compartilhávamos o sentimento de cursar a residência para posteriormente trabalharem nas respectivas áreas de desejo. Realizamos o processo seletivo e fomos aprovados na residência do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/FIOCRUZ), onde nos conhecemos e nos tornamos amigos.
A residência, além do título e experiência inicialmente desejados, tornou-se um ambiente de network, onde o nosso desempenho era observado pelos preceptores e membros da equipe multiprofissional e foi assim que, ao término da residência, ambos já tinham algumas propostas de trabalho interessantes.
O Juan saiu da residência aprovado em concurso público de um hospital universitário, sempre trabalhou em pediatria e chegou a exercer cargo de supervisão geral em uma das unidades onde trabalhou.
A Camila, inicialmente trabalhou na UTI Neonatal do IFF/FIOCRUZ e em seguida foi aprovada em um concurso público do município do Rio de Janeiro. Passou a atuar em Unidade de Pronto Atendimento e teve a oportunidade de experienciar o cuidado à criança e ao adulto, o que foi fundamental para descobrir uma segunda vocação que é a terapia intensiva adulto.
Os anos passaram, hoje atuamos no mesmo hospital, somos colegas de trabalho e possuímos a mesma função: enfermeiro rotina. O Juan do CTI pediátrico e a Camila do CTI adulto.
Além da experiência hospitalar, somos conteudistas do Nursebook e colunistas do Portal PEBMED. E na vida acadêmica, o Juan já cursou o mestrado e a Camila está em processo de finalização.
Apesar de experiências profissionais um pouco distintas, o que carregam em comum? O espírito empreendedor na profissão. Empreender é construir uma carreira sólida, se preparar para ocupar espaços vazios, ser lembrado por ser mais do que um bom profissional e diferenciado.
A dica que temos para vocês que estão começando, assim como nós há dez anos, é a de que definam com clareza seus objetivos profissionais. A resiliência e a capacidade de identificar oportunidades de crescimento devem estar presentes e são fundamentais para uma carreira de sucesso.
Por fim, destacamos que a carreira de sucesso não é mensurada em ganhos salariais, número de seguidores nas redes sociais ou em publicações científicas, mas sim medida nos objetivos traçados e alcançados por cada um.
Autores:
- Juan Carlos Silva Araujo. Enfermeiro (EEAN/UFRJ) •Especialista em pediatria (IFF/FIOCRUZ) • Especialista em preceptoria no SUS (IEP/HSL) • Mestre em enfermagem (EEAN/UFRJ) • Enfermeiro da UTI pediátrica do HUPE/UERJ e do IPPMG/UFRJ • Docente do curso de graduação em enfermagem das Faculdades São José.
- Camila Tenuto. Enfermeira (EEAAC/UFF) • Especialista em Terapia Intensiva Neonatal (IFF/FIOCRUZ) • Especialista em Terapia Intensiva (UNYLEYA) • Discente do Mestrado Profissional em Ensino na Saúde (EEAAC/UFF) • Enfermeira rotina do CTI Geral (HUPE/UERJ)