Whitebook: Lombalgia

Em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook, abordamos a apresentação clínica e diagnóstica da lombalgia.

Publicamos recentemente um artigo sobre o que foi falado sobre lombalgia no ACP Internal Meeting (ACP 2022). Por isso, em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, vamos abordar a apresentação clínica e abordagem diagnóstica da lombalgia.

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Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é parte de uma conduta do Whitebook e é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.

lombalgia

Lombalgia

A abordagem complementar depende da classificação clínica da lombalgia em inespecífica, potencialmente radicular ou potencialmente associada à doença específica.

Exames de imagem só estão indicados na presença de sinais de alarme (ou seja, lombalgia potencialmente associada à doença específica) ou sintomas persistentes (> um mês de duração sem alívio com tratamento clínico), e exames laboratoriais, apenas na suspeita de causas específicas.

Se ausência de sinais de alarme e dor com < 1 mês de duração: Tratamento clínico e reavaliação em duas semanas.

Se presença de sinais de alarme ou dor com > 1 mês de duração, sem resposta ao tratamento clínico: Indicado exame de imagem (radiografia, tomografia ou ressonância magnética).

Suspeita de neoplasia ou infecção: Solicitar:

  • Hemograma;
  • Eletrólitos e função renal;
  • PCR;
  • VHS;
  • Marcadores neoplásicos (se indicados).

Suspeita de mieloma múltiplo: Solicitar eletroforese de proteínas (sérica e/ou urinária) e inventário ósseo (radiografias de coluna, crânio, pelve, tórax, úmero e fêmur).

Exames de Rotina

Exames de imagem: Estudos sistemáticos comprovam a baixa relevância da avaliação radiológica precoce, em casos de lombalgia inespecífica sem sinais de alerta.

Não melhora prognóstico, possui risco significativo de achados não relacionados ao quadro clínico atual de dor e predispõe a intervenções invasivas desnecessárias.

Os exames mais utilizados são:

  • Radiografia simples;
  • Ressonância magnética;
  • Tomografia computadorizada.

Indicações: Recomendados em pacientes com lombalgia na presença de sinais de alarme para:

Neoplasia:

  • Dor lombar de início recente com história de câncer ou múltiplos fatores de risco para câncer ou alta suspeita clínica para câncer;
  • Na presença de fatores de risco menores sem melhora ao tratamento clínico (> 50 anos ou emagrecimento);

Infecções: 

  • Febre;
  • História de infecção recente;
  • Imunossupressão;
  • Uso de drogas endovenosas;

Síndrome da cauda equina:

  • Paresia de membros inferiores;
  • Anestesia perineal;
  • Retenção urinária;
  • Incontinência fecal;

Doença neurológica progressiva:

  • Fraqueza muscular grave e progressiva;
  • Perda da sensibilidade;

Sintomas sugestivos de espondiloartrites com acometimento axial: 

  • Rigidez matinal;
  • Dor noturna durante a segunda metade da noite;
  • Dor nas nádegas em alternância;

Fatores de risco para fratura vertebral: 

  • História de osteoporose;
  • Uso de corticoides;
  • Trauma recente, idade > 65 ou 70 anos (mulher e homem respectivamente);

 

  • Pacientes com sinais e sintomas de radiculopatia sem controle com tratamento clínico e candidatos à neurocirurgia.

 

  • Qual exame solicitar: Ressonância magnética deve ser preferida, caso a suspeita seja de:

 

  • Infecção;
  • Síndrome da cauda equina;
  • Doença neurológica progressiva;
  • Mielopatia ou radiculopatias (patologias para as quais a radiografia é muito inferior).

Na suspeita de neoplasias, fratura vertebral ou espondilartrites, radiografia de coluna deve ser solicitada como primeiro exame, reservando a ressonância para exames duvidosos.

Tomografia computadorizada é uma alternativa em pacientes com indicação de ressonância na indisponibilidade do exame ou em pacientes com contraindicação (implantes magnéticos).

Quando repetir: A repetição do exame de imagem está indicada em pacientes:

  • Com nova queixa de dor lombar;
  • Com mudança no padrão dos sintomas;
  • Que não fizeram exame de imagem e não melhoraram após seis semanas de tratamento conservador;
    Com suspeita de câncer,
  • Com espondilartrites com acometimento axial ou osteoartrite e não melhoraram após seis semanas de tratamento conservador;
  • Sem outras suspeitas e que não melhoraram após seis semanas de tratamento conservador (repete-se o tratamento por mais oito semanas);
  • Com sintomas persistentes devido à radiculopatia ou estenose espinal, que são candidatos e interessados em intervenções invasivas (ex.: injeção epidural ou cirurgia);
  • Os pacientes que se enquadram no caso anterior devem fazer uma ressonância magnética para melhor avaliação.
Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia a dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

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