Hoje o papo é de dermatologia: na publicação de conteúdos do Whitebook dessa semana, falaremos de um hamartoma benigno originado na pele chamado melanose de Becker.
Em geral, esta condição é adquirida e manifesta-se na adolescência, mas já foram descritos alguns casos congênitos. Há espessamento epidérmico e dérmico com glândulas sebáceas hipertróficas e hipertricose local. Aparentemente, há aumento dos receptores androgênicos locais, o que justificaria o predomínio em homens e seu surgimento após a puberdade.
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Apresentação clínica: melanose de Becker
Em geral, surge após a adolescência como mácula hiperpigmentada, margens irregulares, variando de 10 a 15 cm de extensão, unilateral e assintomática. A mácula pode evoluir para placa espessa, com discreto aspecto apergaminhado, e após progressão da hipercromia pode notar-se aumento da pilificação local.
O local mais acometido é o quadrante superior do tronco, envolvendo o ombro. Mas há também descritos acometimento de face, pescoço e extremidades. Hamartomas de músculo liso podem estar presentes na derme e manifestam-se como pequenas nodulações à palpação.
Podem conter lesões acneiformes localizadas na região acometida. Além disso, algumas alterações de formação já foram relatadas associadas à melanose de Becker como: hipoplasia do seio, aréola ou mamilo ipsilateral, encurtamento do membro ipsilateral, espinha bífida lombar, escoliose, pectus carinatum, escroto e mamilos acessórios.
Abordagem diagnóstica
O diagnóstico é clínico. Se necessária biópsia com análise histopatológica: evidencia hiperqueratose, papilomatose, hiperplasia da unidade pilossebácea, com aumento da quantidade de melanina local, e melanócitos em números normais. Podem ser encontrados hamartomas de músculo liso na derme.
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