O achado de um nódulo endurecido na região umbilical, proeminente ou não, pode ser o primeiro sinal de uma neoplasia intra-abdominal. Durante seus anos de trabalho no que hoje é a Clínica Mayo, a irmã Maria José (Julia Dempsey, 1856-1939) observou a correlação entre a ocorrência de nódulos paraumbilicais durante a preparação de seus pacientes para cirurgias e o achado de neoplasia intra-abdominal metastática durante o procedimento. O câncer metastático do umbigo é denominado nódulo da irmã Maria José e é associado principalmente às neoplasias do trato gastrointestinal (35-65%) e ginecológicas (12-35%). A disseminação pode ocorrer por via hematogênica, linfática ou por contiguidade.

A avaliação histopatológica do nódulo pode ser feita por biópsia excisional ou aspiração por. O nódulo da irmã Maria José indica doença avançada e mau prognóstico, levando ao óbito em poucos meses, raramente com sobrevida excedendo cinco anos. No diagnóstico diferencial devem ser excluídos: hérnia umbilical, infecção local com granuloma piogênico e tumor primário maligno ou benigno da região umbilical.

A linfonodomegalia supraclavicular esquerda recebe o epônimo de linfonodo ou nódulo de Virchow que, quando visualizada ao exame físico, denomina-se sinal de Troisier. Tem correlação clínica com a ocorrência de neoplasia abdominal maligna, principalmente estômago, pâncreas e vias biliares.