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A sistematização da assistência de enfermagem (SAE) é uma atividade privativa do enfermeiro, uma metodologia assistencial de trabalho que permite ao profissional uma abordagem de individualização e humanização do cuidado prestado ao paciente. Esse processo é muito importante para a implantação da prática da SAE, pois é entendida como instrumento facilitador do processo de avaliação da qualidade do atendimento.
A metodologia foi introduzida mundialmente nas décadas de 1920 e 1930, porém o Brasil apenas iniciou a sua implantação na década de 1970. E somente em 2002 o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) estabeleceu a obrigatoriedade da implementação da SAE em toda instituição de saúde, seja pública ou privada. Posteriormente, em 2009, o COFEN estabeleceu uma nova resolução que considera a SAE como método organizacional para a aplicação do Processo de Enfermagem (PE).
É importante que a sua implementação seja realizada nos diversos ambientes em que atuam os profissionais de enfermagem, visto que a SAE contribui para a organização do cuidado aos pacientes, tornando possível a operacionalização do processo de enfermagem.
É notório que as dificuldades em relação à implantação da SAE estão relacionadas a fatores que interferem tanto na aplicação do PE (Processo de Enfermagem) quanto na SAE. Esses fatores são, em sua maioria, tanto de origem organizacional (política, normas e objetivos do serviço), como profissionais (atitudes, crenças, valores e habilidades técnicas e intelectuais).
Atualmente, a implantação da SAE é considerada um desafio, tanto para o gerenciamento da assistência quanto para o enfermeiro, pois exige empenho e criatividade para a sua elaboração e execução. Uma vez que os enfermeiros não têm a SAE estruturada, eles têm que criar um instrumento de forma fragmentada visando sua a realidade, o que dificulta a sua perfeita implementação.
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Dificuldades de natureza organizacional:
- carência de profissionais de enfermagem;
- sobrecarga de trabalho;
- falta de tempo para assistir com qualidade os pacientes;
- associação de atividades assistenciais e administrativas;
- excesso de burocracia da instituição de saúde;
- chefias de enfermagem priorizam a realização da parte documental em déficit da prática assistencial;
- adoção da SAE por imposição das chefias, não considerando os ajustes indispensáveis para o seu bom funcionamento.
Dificuldades de natureza educacional:
- desconhecimento da SAE e do PE;
- desconhecimento das teorias de enfermagem e das fases e/ou etapas da SAE;
- não conscientização dos profissionais para a importância da SAE;
- desvalorização do ensino da SAE nos cursos de graduação e técnicos;
- insegurança mediante às atribuições referente a SAE, gerando postura inadequada;
- enfoque no tecnicismo.
Dificuldades de natureza operacional:
- resistência expressada pelos profissionais da equipe de enfermagem e da equipe multidisciplinar;
- resistência das demais profissões que compõem a equipe de saúde pelo desconhecimento do diagnóstico de enfermagem, que compõe a SAE (2ª etapa);
- falta de comprometimento da equipe de enfermagem;
- estresse e os problemas de relacionamento interpessoal;
- despreparo da equipe de enfermagem, por não estar capacitada para realizar as suas tarefas em conformidade com o nível necessário para o uso pleno da SAE.
Depois de implantada com sucesso a sistematização da assistência de enfermagem, o resultado alcançado é uma assistência de excelência, individualizada, humanizada, competente e respaldada cientificamente.
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Referências:
Muito bom mesmo e obrigado
GOSTEI
Uma grande verdade O assunto