Obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE) em adultos

OVACE consiste na obstrução de vias aéreas causada por aspiração de corpo estranho, geralmente localizado na laringe ou traqueia.

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Obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE) consiste na obstrução de vias aéreas causada por aspiração de corpo estranho, geralmente localizado na laringe ou traqueia. A aspiração de corpo estranho é a quinta principal causa de morte nos EUA, com risco aumentado em pacientes idosos

Ao prestar atendimento a uma pessoa com OVACE, o enfermeiro deve classificar o grau de obstrução e em seguida realizar manobras de desobstrução conforme a faixa etária.

Classificação da obstrução

  • Obstrução leve: capacidade de responder, tossir e respirar preservadas;
  • Obstrução severa: vítima consciente ou inconsciente, não consegue respirar ou apresenta ruídos à respiração e/ou tosse silenciosa.

Leia mais: 

Condutas de enfermagem na obstrução de vias aéreas

Obstrução leve:

  1. Acalmar o paciente;
  2. Instruir o paciente a realizar tosses vigorosas;
  3. Se possível, monitorar oxigenação; 
  4. Se possível, suplementar oxigênio;
  5. Não colocar a mão na boca do paciente enquanto ele mostrar-se nervoso;
  6. Em casos de obstrução por espinha de peixe, retirar com pinça

Obstrução severa com responsividade:

  1. Posicionar-se de pé atrás do paciente;
  2. Abraçá-lo na altura da crista ilíaca;
  3. Posicionar uma mão com o punho cerrado abaixo do apêndice xifoide e a outra espalmada sobre a primeira;
  4. Realizar compressões rápidas e firmes, para dentro e para cima, em movimento que lembre um J;
  5. Repetir manobra até sucesso na desobstrução ou até o paciente perder a consciência.

Observação: Em pacientes que estejam no último trimestre da gestação, substituir a Manobra de Heimilich por compressões torácicas.

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Obstrução severa com perda de consciência:

  1. Posicionar o paciente em decúbito dorsal em uma superfície rígida;
  2. Checar pulso, caso pulso ausente realizar RCP;
  3. Caso pulso presente, realizar compressões torácicas com objetivo de remoção do corpo estranho;
  4. Abrir vias aéreas e realizar inspeção;
  5. Remover corpo estranho se possível;
  6. Caso corpo estranho não possa ser localizado, realizar uma insuflação;
  7. Caso de insucesso no momento da insuflação, posicionar melhor a cabeça e considerar laringoscopia direta e remoção com pinça (se disponível, utilizar pinça de Magill);
  8. Casos de insucesso no meio extra hospitalar, manter compressões torácicas até expulsão dos corpo estranho ou caso evolua para PCR, realizar manobras de reanimação cardiopulmonar. Logo que possível, transportar para hospital logo que possível. Em ambiente intra-hospitalar, considerar cricotireoidostomia por punção.

Após o restabelecimento da permeabilidade da via aérea, o paciente pode retornar para casa ou permanecer por 6 a 24 horas em observação hospitalar.

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Referências:

  • American Heart Association. Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCD e ACE.
  • Ministério da Saúde (Brasil). Protocolos de suporte básico de vida – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
  • Ministério da Saúde (Brasil). Protocolos de suporte avançado de vida – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
  • Gonçalves MEP, Cardoso SR, Rodrigues AJ . Corpo estranho em via aérea. Pulmão RJ 2011;20(2):54-58

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