Paciente 40 anos, sexo feminino, dá entrada na emergência com “dor no estômago” e náuseas com evolução há cinco meses. Qual é a suspeita diagnóstica? Veja mais detalhes sobre o caso e responda o quiz!
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1. Pergunta
Paciente 40 anos, sexo feminino, queixando-se de dor epigástrica e náuseas de evolução há 05 meses. Perda ponderal de 10 kg em 01 mês. Refere intensa
sudorese noturna. Nega febre. Sem melhora da dor epigástrica com inibidor de bomba de prótons. Paciente portador de vírus da imunodeficiência primária.Realizou endoscopia digestiva alta que evidenciou edema difuso de mucosa de fundo e corpo. Antro evidenciando lesão ulcerada e infiltrativa, friável, com
áreas de necrose gástrica, circunferencial estreitando a luz, que foi biopsiada.Pai faleceu devido a câncer de cavidade oral.
Ao exame: paciente emagrecida, hipocorada +1/+4. Dor a palpação da região epigástrica.
Foi realizada tomografia computadorizada de abdome com contraste venoso.
Qual é a suspeita diagnóstica diante dos achados?
Correto
Tomografia computadorizada de abdome revelando espessamento estratificado da parede do estômago, edema de submucosa e realce mucoso
(Figura 1- setas). Observam-se ainda lesão hipovascular, infiltrativa, de limites mal definidos no rim direito, com densificação da gordura perirrenal
ipsilateral, correspondendo a implantes secundários da doença linfoproliferativa (Figura 3- setas curtas). Linfonodomegalia no retroperitôneo
perivascular (cabeças de setas).Histopatológico de lesão gástrica revelou gastrite crônica moderada, inativa. Ausência de metaplasia intestinal ou atrofia glandular. Pesquisa para Helicobacter pylori negativa.
Imuno-histoquímica com diagnóstico de linfoma difuso de grande células B.
Linfoma gastrointestinal
Linfoma gastrointestinal responde por 5 – 20% dos linfomas extranodais, acometendo principalmente o estômago e intestino delgado. Praticamente todos são do tipo linfoma não Hodgkin.
Fatores de risco implicados no desenvolvimento de Linfoma Gastrointestinal são algumas infecções como: Helicobacter pylori, vírus da imunodeficiênca humana adquirida, Campylobacter jejuni, vírus Epstein Barr, vírus da Hepatite B, vírus linfotrópico humano de células T tipo 1, doenças parasitárias. Há ainda associação com doenças inflamatórias como: doença celíaca, gastrite atrófica e doença inflamatória intestinal.
Há importante atraso no diagnóstico uma vez que os sintomas são extremamente inespecíficos. Os sintomas mais comuns são dor epigástrica,
perda de peso e anorexia. Náuseas e vômitos não são comuns, exceto em estágio avançado da doença.A maioria dos linfomas gastrointestinais são de origem na célula B, sendo 8-10% de células T.
O exame de imagem apresenta importante papel no diagnóstico da fase da doença e investigação de complicações, como perfuração, obstrução e fístulas.
Em relação ao Linfoma Gástrico a hipótese principal discute a infecção crônica do estômago pelo Helicobacter pylori, causando proliferação linfoide da mucosa gástrica, com subsequente desenvolvimento de linfoma MALT gástrico.
O ultrassom endoscópico é bastante útil para avaliar infiltração das camadas da parede gástrica e acomentimento nodal.
Os achados tomográficos mais comuns são espessamento difuso ou segmentar da parede gástrica, hiporrealçante pelo meio de contraste venoso, medindo de 2-5 cm. Depósitos linfomatosos renais tendem a ser hipovasculares e com baixo realce pelo meio de contraste.
Referências bibliográficas:
- Lo Re G, Federica V, Midiri F, et al. Radiological Features of Gastrointestinal Lymphoma [published correction appears in Gastroenterol Res Pract.
2016;2016:9742102]. Gastroenterol Res Pract. 2016;2016:2498143. doi:10.1155/2016/2498143 - Primary Gastrointestinal Lymphoma: Spectrum of Imaging Findings with Pathologic Correlation Sangeet Ghai, John Pattison, Sandeep Ghai, Martin E. O’Malley, Korosh Khalili, and Mark Stephens RadioGraphics 2007 27:5, 1371-1388
Incorreto
Tomografia computadorizada de abdome revelando espessamento estratificado da parede do estômago, edema de submucosa e realce mucoso
(Figura 1- setas). Observam-se ainda lesão hipovascular, infiltrativa, de limites mal definidos no rim direito, com densificação da gordura perirrenal
ipsilateral, correspondendo a implantes secundários da doença linfoproliferativa (Figura 3- setas curtas). Linfonodomegalia no retroperitôneo
perivascular (cabeças de setas).Histopatológico de lesão gástrica revelou gastrite crônica moderada, inativa. Ausência de metaplasia intestinal ou atrofia glandular. Pesquisa para Helicobacter pylori negativa.
Imuno-histoquímica com diagnóstico de linfoma difuso de grande células B.
Linfoma gastrointestinal
Linfoma gastrointestinal responde por 5 – 20% dos linfomas extranodais, acometendo principalmente o estômago e intestino delgado. Praticamente todos são do tipo linfoma não Hodgkin.
Fatores de risco implicados no desenvolvimento de Linfoma Gastrointestinal são algumas infecções como: Helicobacter pylori, vírus da imunodeficiênca humana adquirida, Campylobacter jejuni, vírus Epstein Barr, vírus da Hepatite B, vírus linfotrópico humano de células T tipo 1, doenças parasitárias. Há ainda associação com doenças inflamatórias como: doença celíaca, gastrite atrófica e doença inflamatória intestinal.
Há importante atraso no diagnóstico uma vez que os sintomas são extremamente inespecíficos. Os sintomas mais comuns são dor epigástrica,
perda de peso e anorexia. Náuseas e vômitos não são comuns, exceto em estágio avançado da doença.A maioria dos linfomas gastrointestinais são de origem na célula B, sendo 8-10% de células T.
O exame de imagem apresenta importante papel no diagnóstico da fase da doença e investigação de complicações, como perfuração, obstrução e fístulas.
Em relação ao Linfoma Gástrico a hipótese principal discute a infecção crônica do estômago pelo Helicobacter pylori, causando proliferação linfoide da mucosa gástrica, com subsequente desenvolvimento de linfoma MALT gástrico.
O ultrassom endoscópico é bastante útil para avaliar infiltração das camadas da parede gástrica e acomentimento nodal.
Os achados tomográficos mais comuns são espessamento difuso ou segmentar da parede gástrica, hiporrealçante pelo meio de contraste venoso, medindo de 2-5 cm. Depósitos linfomatosos renais tendem a ser hipovasculares e com baixo realce pelo meio de contraste.
Referências bibliográficas:
- Lo Re G, Federica V, Midiri F, et al. Radiological Features of Gastrointestinal Lymphoma [published correction appears in Gastroenterol Res Pract.
2016;2016:9742102]. Gastroenterol Res Pract. 2016;2016:2498143. doi:10.1155/2016/2498143 - Primary Gastrointestinal Lymphoma: Spectrum of Imaging Findings with Pathologic Correlation Sangeet Ghai, John Pattison, Sandeep Ghai, Martin E. O’Malley, Korosh Khalili, and Mark Stephens RadioGraphics 2007 27:5, 1371-1388
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Tuberculose gastrica….dor epigastrica, perda ponderal, sudorese noturna…etc
O quadro sugere adenocarcinoma gástrico,perda ponderal,ausência de febre,sexo feminino,anemia, sudorese,dor epigástrica.
Ola Dr. Carlos. Adenocarcinoma realmente entra também no diagnóstico diferencial, porém quando nos deparamos com sintomas tipo B devemos pensar em tuberculose e linfoma. Muito legal a participação de todos. Continue participando e dando sugestões.
Tuberculose gástrica
Linfoma difuso de grandes celulas B.
Olá Dra Yecenia. Excelente. Parabéns. Continue sempre participando.
Caso muito interessante, bem difícil. 👏🏻👏🏻👏🏻
Olá Dr Jairo. Continue participando visitando o portal.