Linfoma Não Hodgkin: o que você precisa saber

O linfoma não-Hodgkin é um câncer que se inicia no sistema linfático e se prolifera de maneira não ordenada para outros orgãos. Saiba mais.

No último domingo, dia 27, perdemos para o linfoma não Hodgkin de células T, recém diagnosticado, o grande jornalista Artur Xexéo de 69 anos. Ele havia sido diagnosticado há apenas duas semanas e estava internado em um hospital particular, na zona sul do Rio de Janeiro.

O que é o Linfoma Não Hodgkin?

O linfoma não Hodgkin (LNH) é um tipo de câncer que se inicia no sistema linfático e vai se proliferando de maneira não ordenada para outros órgãos. Existem mais de 20 diferentes tipos de LNH.

A maior parte dos linfoma não Hodgkin envolvem as células B 80-85%, o restante envolve os linfócitos T. O linfoma pode acometer pessoas de diferentes faixas etárias, porém a partir dos 50 anos torna-se uma doença cada vez mais comum.

Os linfomas de células T (que foi o caso do jornalista citado acima), são classificados como: linfoma indolente, que apresentam um progresso lento e que respondem ao tratamento.

Já os linfomas de células B, são mais agressivos e têm uma progressão rápida, porém também apresentam uma boa resposta ao tratamento.

No Brasil, estima-se 12.030 novos casos de linfoma não Hodgkin para o triênio (2020-2022), sendo 6.580 acometimentos masculinos e 5.450 femininos (2020 INCA).

Os principais sinais e sintomas desta patologia

linfonodos aumentados no pescoço, região axilar e virilha, que são indolores e de consistência elástica, hipertermia, suor noturno excessivo, fadiga, coceira na pele e perda de peso, em torno de 10% sem causa aparente.

O enfermeiro deve, ao receber um paciente com linfoma não Hodgkin realizar anamnese e um exame físico detalhado. A partir deles, se deve buscar alterações visíveis e invisíveis através do exame físico, podendo assim prestar assistência de enfermagem voltada às necessidades daquele paciente (saiba o que priorizar neste atendimento em hematologia/adulto linfoma não Hodgkin, no App Nursebook). 

Leia também: Aprovada no Brasil nova opção de tratamento para linfoma de Hodgkin para crianças e adultos

Após o diagnóstico, é necessário determinar o estadiamento da doença para que o tratamento possa ser definido. O estadiamento se dá através dos sinais e sintomas do paciente, dos achados no exame físico, dos resultados dos exames de imagem e dos dados referentes à biópsia de medula óssea.

Tratamento

De maneira geral, os linfomas são tratados com quimioterapia, imunoterapia, terapia alvo e radioterapia. O transplante de medula óssea pode ser indicado quando o paciente não responde ao tratamento, mas isto também, vai depender da idade e condições clínicas do mesmo.

 Em média o paciente tem de 60 a 70% de chances de cura, mas este elevado número vem atrelado ao rápido diagnóstico da doença.

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Referências bibliográficas:

  • Bernard S, Hachon L, Diasonama JF et al. Administração ambulatorial de metotrexato em altas doses como profilaxia do sistema nervoso central em pacientes com linfoma agressivo. Ann Hematol 100, 979–986 (2021). 
  • Instituto Nacional do Cancêr (BR). Linfoma Não Hodgkin. [Internet]. INCA. 2021. (Acesso 29/06/2021).
  • Witzig TE. Linfoma Não-Hodgkin. [Internet]. Manual MSD Versão para Profissionais de Saúde, 2018. (Acesso 29/06/2021).
  • Abrale (BR). Tratamento Linfoma não-Hodgkin – LNH. [Internet]. sem data. (Acesso 29/06/2021).
  • Linares L. Linfoma Não Hodgkin. Nursebook (Acesso 29/06/2021).

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