Cirurgia plástica e os cuidados de enfermagem

As pessoas recorrem cada vez mais à cirurgia plástica para se adequarem aos padrões de beleza são estabelecidos em constante mudança.

A cada mudança em nossa sociedade, novos padrões de beleza são estabelecidos, aos quais os sujeitos necessitam aderir e se moldar para alcançarem anuência social. A beleza ainda é um fator que intervém no julgamento da sociedade e por este motivo o corpo pode ser visualizado como um inimigo, distanciando este indivíduo de sua vida social por dificuldade de aceitação com a própria imagem.

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Atualmente com o auxílio da mídia, o padrão de beleza corpórea é associado ao sucesso, resultando em uma incansável busca pelo corpo vigoroso e curvas delineadas, tanto instigadas pelas redes sociais. Nasce então a necessidade de substituir o corpo natural pelo corpo de  consumo midiático.

Cirurgia Plástica e os cuidados de enfermagem

O que leva à cirurgia?

De acordo com o estudo de Voese, Kleinpaul e Petry (2015), entre os principais motivos elencados para a realização de cirurgia plástica estética, as consequências relacionadas à gestação, foram as mais citadas, reforçando também que a principal população submetida a esta categoria de procedimento são mulheres.

O enfermeiro necessita estar capacitado a apresentar orientações objetivas e reais referentes a estes procedimentos, prevenindo diagnósticos de enfermagem no pós-operatório como: distúrbio da imagem corporal, risco de ansiedade e medo.

O período pré-operatório é importante para constituir uma relação de confiança, onde o paciente poderá compreender alguns possíveis desconfortos gerados através do procedimento cirúrgico e ter seus níveis de stress e ansiedade reduzidos. As considerações referentes ao período transoperatório estão relacionadas à segurança do paciente e prevenção de complicações pós-operatórias correlacionadas a um possível preparo pré-operatório inadequado.

O olhar da equipe de enfermagem, para este perfil de paciente, deve estar atento já na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA), pois é comum a presença de dor e sua intensidade depende de fatores fisiológicos, psicossociais, técnica executada, enfermidades prévias, localidade e tipo de incisão, além da presença de drenos e/ou cateteres que podem promover importante desconforto.

Check-list

O check-list de cirurgia segura deve ser rigorosamente seguido e nos procedimentos onde será implantado material sintético, é importante que a instituição possua um processo rastreável do inicio ao fim, garantindo a procedência segura do material. A qualquer sinal de processo infeccioso no pós-operatório, a equipe de enfermagem deve acionar o cirurgião e instituir antibioticoterapia pelo tempo que julgar necessário e/ou conforme protocolo institucional.

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Estudos indicam que cirurgias com tempo elevado, podem levar a uma maior perda sanguínea e consequentemente maior possibilidade de transfusão de hemocomponentes. Este fator pode contribuir de maneira significativa para o aumento das complicações pós-operatórias.

Em contrapartida, condutas como instituição de medidas mecânicas antitrombóticas, como por exemplo, o uso de meias elásticas, deambulação precoce e bom preparo prévio, podem reduzir o surgimento das complicações supracitadas.

Evidencia-se então que é necessário amparo emocional em todas as etapas do processo cirúrgico, educação em saúde para pacientes e familiares a fim de proporcionar uma melhor transição para o ambiente extra-hospitalar e qualidade da assistência focada na segurança através do atendimento oferecido da equipe multiprofissional.

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
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