ACS 2023: Guideline sobre abordagem do tumor adrenal

Foi discutido no American College of Surgeons Clinical Congress o novo guideline sobre o manejo do tumor adrenal.

Os tumores adrenais usualmente podem apresentar uma produção hormonal e devem ser investigados. É bastante comum encontrarmos tumores de adrenal durante a investigação por outro motivo abdominal. 

O motivo desta mesa redonda no ACS 2023 foi apresentar as últimas atualizações publicadas no guideline sobre como devemos abordar um tumor na adrenal. 

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Destaques 

A investigação mais frequente são os incidentalomas de adrenal que foi abordada pela Prof. Masha J. Livhits da UCLA. Os incidentalomas são infrequentes em pessoas menores de 40 anos e a maioria são benignos, não funcionantes e podem ser observados. Um bom parâmetro para iniciar o raciocínio diagnóstico é o tamanho do tumor, sendo que menores que 4 cm possuem um risco muito diminuído para câncer (0,13%) e mesmo aqueles maiores que 4 cm com densidade menor que 20 UH também possuem um baixo potencial maligno (0,41%). E ainda tumores que na fase pré-contraste apresentam densidade menor que 10 UH praticamente fecha o diagnóstico de uma lesão benigna. 

Porém mesmo uma lesão benigna pode ter produção hormonal e assim devem ter uma investigação hormonal realizada. A investigação para a produção hormonal deve incluir para todos o paciente a produção de cortisol, aqueles que são hipertensos e hipocalemia o hiperaldosteronismo e a dependendo das características na imagem também deve ser investigado para feocromocitoma.  

Os feocromocitomas podem aumentar ao longo do período de observação e os tumores pequenos podem não secretar uma quantidade mensurável de hormônios, sendo assintomáticos. A investigação continua sendo com metanefrinas que podem ser plasmáticas ou na urina de 24h. Assim como uma imagem demonstrando um tumor com menos de 10 UH pode praticamente descartar malignidade, da mesma forma descarta feocromocitoma e nesta população não necessita a investigação com metanefrinas. 

Ao final ratificou que nem todo nódulo de adrenal requer acompanhamento. Nódulos menores que 4 cm, não funcionantes e com menos de 10 UH não seguem nenhum protocolo de acompanhamento. Os demais necessitam de acompanhamento, mesmo que seja apenas uma tomografia com 3-12 meses do diagnóstico. A cirurgia é indicada para nódulos funcionantes, indeterminados ou maiores que 4 cm. 

Quando pedir auxílio? 

Uma outra aula interessante na mesma sessão foi do Prof. Philip W. Smith, de quando devemos realizar uma adrenalectomia truques e também quando devemos chamar a ajuda de um amigo. Enfatizou que chamar um amigo de forma antecipada é muito melhor que chamar durante o ato operatório. Alguns guidelines já recomendam que a experiência do cirurgião altere o desfecho, e, portanto, se não possui um grande volume em adrenalaectomias já é suficiente para chamar ajuda a um cirurgião de um amigo. Quanto ao acesso, transperitoneal ou retroperitoneal, irá depender da experiência do serviço assim.

ACS 2023: Confira os destaques do American College of Surgeons Clinical Congress

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