ACS 2023: Hot topics em cirurgia geral

A sala sobre os hot topics começou com a discussão sobre as hérnias paraesofágicas, apresentada pela Dra. Kelly Haisley.

Uma sala bastante interessante e prática no ACS 2023 é sala sobre os dez tópicos relevantes e controversos na cirurgia geral. O modelo da sala é feito para que as apresentações sejam curtas com até seis minutos cada, tendo as respostas diretas com participação direta e efetiva da plateia. 

ACS 2023: Insights sobre a abordagem da hérnia de hiato gigante

ACS 2023: Insights sobre a abordagem da hérnia de hiato gigante

Hérnias paraesofágicas 

A sala começou com a discussão sobre as hérnias paraesofágicas, apresentada pela Dra. Kelly Haisley. O tema foi intruduzido questionando se devemos ou não associar uma fundoplicatura. Tema que até pouco tempo atrás era unânime em realizar a fundoplicatura.  

Uma das justificativas para atribuir a fundoplicatura seria que a fundoplicatura ajudaria a ancorar o estômago dentro da cavidade abdominal, no entanto os dados da literatura não corroboram esta hipótese. O uso de válvulas é uma questão que deve ser avaliada individualmente. O Endo Flip ®, talvez possa auxiliar na confecção e necessidade da válvula. 

Cateteres peritoneais 

Até mesmo coisas simples como os cateteres para diálise peritoneal, podem gerar discussões interessantes. O Dr. T. Nelson, apresentou os aspectos técnicos já que muitos aprenderam a colocar cateteres peritoneais na prática sem uma base teórica. Qual o posicionamento ideal? Como evitar que o omento atrapalhe a drenagem? 

Os melhores cateteres são aqueles com a ponta tipo pig tail, e posicionada no ponto mais baixo do abdome, a pelve. Por laparoscopia, introduz o cateter lateral ao umbigo e direciona até a pelve, garantindo assim o posicionamento e a tunelização adequados. Nos casos que o omento pode ser um inimigo do cateter, é importante realizar uma omentopexia para evitar que este caia na pelve e bloqueie o cateter.  

Uma questão bastante importante é a saída do cateter. Se dever ter o cuidado para que o cateter não fique numa posição que dificulte a drenagem e atrapalhe o dia a dia do paciente. Afinal, a saída do cateter será onde o paciente irá utilizar e se preocupar diariamente. 

Úlceras duodenais perfuradas 

Outro ponto prático é como lidar com as úlceras duodenais perfuradas. Podemos suturar ou apenas fazer um patch de omento. Qual seria melhor?  

A aula do Dr. Jon C. Gould, discutiu este tópico. Antes de iniciar a discussão propriamente dita, começou com a via de acesso: laparoscópica ou aberta?  

Os últimos dados demonstraram mais uma vez os benefícios laparoscópicos. Na prática, as suturas de úlceras pequenas podem ser facilmente realizadas (até 2cm) enquanto as úlceras maiores raramente irão conseguir uma boa aproximação dos tecidos. Enquanto o patch de Graham pode ser benéfico nos casos de úlceras maiores. 

A sutura do omento não pode ser muito forte para isquemiar o omento, nem frouxa para que o mesmo se solte. Porém as metanálises não conseguem definir estatisticamente qual método é superior e com isto os guidelines de grandes sociedades reafirmam que ambas podem ser utilizadas e escolhidas de acordo com achados de cada paciente. 

Tumores de apêndice 

Algumas apendicites surpreendem com o histórico de neoplasia e a estatística gera em torno de 1%. Na discussão liderada pelo Dr. Matthew F. Kalady, foi relembrado que os tumores do apêndice podem ter origem no epitélio, como nos casos das neoplasias mucinosa e adenocarcinomas ou uma origem não epitelial, como os tumores.

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