Anemia ferropriva: fisiopatologia e fatores de risco

A deficiência de ferro é considerada a causa mais comum de anemia. Saiba mais sobre a fisiopatologia e os fatores de risco da anemia ferropriva.

Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia a dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica.

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De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a anemia ferropriva é a condição na qual a concentração sanguínea de hemoglobina se encontra abaixo dos valores esperados (inferior a –2DP):

Quando a concentração de hemoglobina diminui, a capacidade do sangue de transportar o oxigênio para os tecidos fica comprometido, resultando em sintomas como fadiga, redução do trabalho físico capacidade, e falta de ar, entre outros” (OMS, 2017).

deficiência de ferro é considerada a causa mais comum de anemia e estima-se que contribua com cerca de 50% dos casos entre mulheres gestantes e não gestantes, e 42% entre crianças abaixo de 5 anos de idade.

Mulher diagnosticada com anemia ferropriva

Fisiopatologia

O ferro é elemento essencial para a síntese de hemoglobina. Sua deficiência acaba por prejudicar a eritropoiese. O desenvolvimento de ferropenia e sua evolução para anemia dependem de fatores relacionados com o paciente (ex.: sexo, idade, balanço de ferro basal) e da causa de base (duração, gravidade, velocidade).

Quando há deficiência de ferro, inicialmente observa-se depleção dos estoques e, posteriormente, há redução do ferro disponível para a síntese de hemoglobina. Se a deficiência não for corrigida, desenvolve-se a anemia. 

Segundo a Dra. Lívia San’tanna, hematologista e conteudista do Whitebook, “a anemia ferropriva nem sempre é por perda de ferro. Há outros mecanismos que podem ser responsáveis, como baixa absorção e alta demanda” e continua “na presença de condições que representam alta demanda de ferro, mesmo que não haja anemia, está indicada a reposição oral de ferro, se a ferritina estiver limítrofe.” 

Leia mais: Anemia ferropriva na gestação – parte 1

Quais os fatores de risco associados?

Segundo a Dra. Lívia Sant’anna, em alguns casos clínicos, há mais de um fator associado e que se deve ter atenção: “Adolescentes do sexo feminino tendem a ter mais anemia por deficiência de ferro do que do sexo masculino (por conta da menstruação); gestantes adolescentes tendem a ter mais anemia do que gestantes em faixas etárias maiores”. 

Veja abaixo, alguns fatores de risco para a anemia ferropriva:

1. Baixa ingestão dietética.

2. Má absorção:

  • Doença celíaca;
  • Gastrite atrófica;
  • Cirurgia bariátrica;
  • Uso de drogas;
  • Infecção por H. pylori.

3. Perda sanguínea:

  • Menorragia;
  • Trauma;
  • Hemorragia digestiva;
  • Hemoptise;
  • Hematúria;
  • Hemodiálise.

4. Alta demanda:

  • Infância e adolescência;
  • Gestação;
  • Uso de agentes estimuladores da eritropoiese.

Sabe como interpretar o hemograma corretamente e identificar uma anemia? Confira este link!

O Whitebook oferece alguns conteúdos relacionados ao tema, veja só: 

Coautora: Dra. Lívia Sant’anna, clínica médica e hematologia.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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