ASCO 2017 trouxe novidade para os principais tipos de câncer

Neste ano, os principais tipos de câncer tiveram apresentações relevantes e que podem ser consideradas practice changing: vão alterar a forma como estes tumores são hoje tratados.

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O congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) que aconteceu entre os dias 02 e 06 de junho, e é considerado o principal evento científico da comunidade oncológica do mundo, reuniu mais de 40.000 pessoas ligadas ao cuidado do câncer.

Neste ano, os principais tipos de câncer: mama, pulmão, próstata e colorretal, tiveram apresentações relevantes e que podem ser consideradas practice changing: vão alterar a forma como estes tumores são hoje tratados.

O estudo Olympiad, apresentado na plenária do congresso, mostrou que as pacientes com câncer de mama que apresentam a temida mutação do BRCA têm uma resposta melhor com uma medicação chamada Olaparibe, do que com quimioterapia. Pela primeira vez, uma terapia-alvo isolada se mostra superior ao tratamento quimioterápico no câncer da mama.

Também apresentado na plenária do congresso, o conjunto de estudos prospectivos IDEA avaliou o tempo de quimioterapia adjuvante para pacientes com câncer colorretal estágio III: seis meses, que é o padrão, versus três meses. A despeito de algumas críticas à metodologia e à interpretação dos resultados, claramente os pacientes que fazem menos tempo de tratamento têm menores chances de toxicidade e sequelas pela quimioterapia com nenhuma ou pouca perda de eficácia.

No caso do câncer da próstata, dois estudos avaliaram os benefícios da abiraterona, um regulador da síntese de andrógenos, para o paciente com doença metastática recém diagnosticada. Ambos, STAMPEDE e LATITUDE, mostraram um ganho de sobrevida com o uso precoce desta medicação, que já está aprovada e em uso para o tratamento do adenocarcinoma prostático metastático, mas em fases mais avançadas.

E por último, mas não menos importante, o congresso terminou com a apresentação do estudo ALEX, para pacientes com adenocarcinoma do pulmão com mutação ALK, que comparou a terapia padrão com Crizotinibe com o Alectinibe, este último mostrando benefício evidente, inclusive para paciente com disseminação para o sistema nervoso central.

Há tempos não se via tantas novidades em um só congresso, uma maratona que certamente vale a pena: estas novidades são extremamente bem-vindas para todos os interessados em melhorar o tratamento do câncer.

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