Aumento de médicos da Atenção Primária elevou expectativa de vida nos EUA

Um estudo investigou se o aumento dos médicos de Atenção Primária de 2005 a 2015 impactou na expectativa de vida dos americanos neste mesmo período. Confira os resultados:

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Os médicos que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) cumprem um papel bastante importante no primeiro contato do paciente com serviços nacionais de saúde a fim de garantir a prevenção, triagem e tratamento. O profissional da APS tem a responsabilidade de acompanhar o paciente nos cuidados iniciais e direcioná-lo à especialidade correta caso este necessite de atendimento em uma instância superior.

Fora os benefícios imediatos deste tipo de atendimento, a médio e longo prazo, o acesso aos serviços da APS contribui para a melhoria na qualidade de vida da população e auxilia no estreitamento da relação médico-paciente. Nos Estados Unidos, entre 2005 e 2015, o número de médicos da Atenção Primária aumentou cerca de 196 mil para aproximadamente 204 mil, embora não tenha acompanhado o exponencial crescimento vegetativo neste mesmo período.

Leia mais: Medicina de Família e Comunidade: a continuação e a atualização do ‘médico de antigamente’

médico atenção primária

Médicos da Atenção Primária x expectativa de vida

No entanto, não havia evidências na literatura se esse crescimento impactou efetivamente na expectativa de vida da população geral. Para esclarecer a questão, após ajustes por variáveis socieconômicas, demográficas e comportamentais, pesquisadores realizaram um estudo epidemiológico para definir se o papel dos médicos da Atenção Primária teve relação direta com o tempo de sobrevida dos pacientes ou causa específica de mortalidade. O levantamento foi aplicado em 2018 e analisou dados de 3142 condados americanos, 7144 áreas de serviço de saúde primária e 306 hospitais regionais de referência em APS entre 2005 e 2015. Os resultados foram divulgados em fevereiro de 2019 no periódico JAMA Network.

Resultados

Com base em modelos de regressão ajustados por multivariáveis, os pesquisadores concluíram que o acréscimo de 10 médicos da Atenção Primária por 100 mil habitantes foi associado a um aumento de 51,5 dias na expectativa de vida (IC 95% [29,5-73,5 dias]; elevação de 0,2%), enquanto o acréscimo de 10 médicos especializados por 100 mil habitantes o índice foi de 19,2 dias a mais na expectativa de vida (IC 95% [7,0-31,3 dias]). No geral, a cada 10 médicos da APS adicionais por 100 mil habitantes houve redução de 0,9-1,4% no risco cardiovascular, câncer e mortalidade por doenças respiratórias.

Devido ao crescimento populacional, apesar de haver o aumento no número de médicos da Atenção Primária, a proporção por número de habitantes foi menor, principalmente nas áreas rurais. Porém o estudo indica que uma maior inserção dos profissionais de saúde de atuam na APS foi essencial para a população.

Tenha em mãos informações objetivas e rápidas sobre práticas médicas. Baixe o Whitebook

Referências:

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.

Especialidades