Câncer de Boca atinge 15 mil pessoas por ano no Brasil

O Brasil é o terceiro país com o maior número de ocorrências de câncer de boca, com 15 mil casos por ano. Os dados foram divulgados pelo INCA.

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O Brasil é o terceiro país com o maior número de ocorrências de câncer de boca, com 15 mil casos por ano. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA).

O câncer de cavidade oral tem maior incidência em homens acima de 60 anos. Nos casos relacionados à infecção por HPV, em geral, as primeiras manifestações costumam aparecer sete anos mais cedo. Mais comumente elas aparecem na parte posterior da língua, mas também podem surgir no assoalho bucal, lábios, bochechas, gengivas, glândulas salivares, amígdalas e no céu da boca.

É preciso atenção com lesões que permaneçam por mais de 15 dias, manchas brancas ou vermelhas, nódulos na região, dor e dificuldade para mastigar ou engolir.

Os especialistas ressaltam que o desenvolvimento do câncer de boca está relacionado diretamente ao estilo de vida do paciente. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% dos casos da doença estão ligados ao fumo e o álcool.

“Apesar do número de fumantes ter diminuído, em apenas 20 anos esse tipo de câncer aumentou 225%. O principal fator pode ser o papiloma vírus, que é capaz de acelerar o desenvolvimento desse tumor”, ressalta Juliana Ominelli, oncologista do Centro de Excelência Oncológica.

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Além da higiene oral realizada de forma inadequada, uma dieta pobre em minerais e vitaminas e a exposição aos raios UVA e UVB sem proteção nos lábios também podem contribuir para o aparecimento do câncer de boca.

Nos últimos anos, o HPV também tem sido um fator preocupante relacionado ao aumento dos casos da doença entre jovens, sendo o sexo oral sem proteção a principal forma de contaminação. Portanto, é necessário que os médicos reforcem aos seus pacientes a importância do uso de preservativo.

Diagnóstico

Muitas vezes, o diagnóstico é negligenciado pelo paciente, que pode demorar a procurar o médico. “Este é um desafio importante em todos os cenários de tratamento, público e privado. No caso público, ainda há uma dificuldade maior que é a do encaminhamento. Não poucas vezes, esse paciente fica circulando na rede pública até conseguir uma consulta em local com o suporte necessário para realizar o diagnóstico”, conta Andrey Soares, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO).

Prevenção e tratamento

Como o câncer de boca é silencioso e, muitas vezes, indolor, a realização do autoexame é fundamental para evitar que a doença seja apenas detectada em estados mais avançados.

Já o tratamento deve ser determinado de acordo com a localização e o estágio da doença. “Para cada caso é necessário desenvolver um tratamento específico que pode combinar a cirurgia para a retirada do tumor, quimioterapia e a radioterapia. Quando a doença é diagnosticada ainda no início, as chances de sucesso podem chegar a 90% quando o paciente realiza um tratamento adequado”, afirma Andrey Soares.

Nos casos de tumores localizados, a cirurgia é a preferência na maior parte dos casos. Em um cenário de uma doença localizada ou em estágio mais avançado, a radioterapia com quimioterapia é a melhor indicação. Em alguns casos, sendo precedidas de quimioterapia de indução.

Nos tumores localmente avançados que, por algum motivo, realizaram cirurgia, o complemento com radioterapia associada à quimioterapia pode ser recomendada, se alguns achados de maior risco de recorrência da doença estiverem presentes. Nos pacientes com doença metastática existem algumas opções, como quimioterapia, terapias com anticorpos, imunoterapia e até mesmo a combinação dessas modalidades.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

 

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