Paciente JHF, 45 anos, sexo masculino, negro, portador dislipidemia e anemia falciforme (HbSS), é acompanhado no ambulatório de clínica médica de um Hospital Universitário. Devido a um resultado de 142 mg/dL da última glicemia de jejum (valor de referência: até 99 mg/dL), o médico residente solicitou, além dos exames de rotina, uma dosagem de hemoglobina glicada.
Na consulta de retorno para acompanhamento clínico e reavaliação dos exames complementares, a glicemia de jejum permaneceu elevada (135 mg/dL), confirmando assim o diagnóstico de diabetes mellitus (DM). Entretanto, quando foi avaliar o resultado da hemoglobina glicada, o médico residente se deparou com a seguinte observação emitida pelo laboratório no laudo do exame: “não foi possível quantificar a hemoglobina glicada”.
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Quiz PEBMED
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1. Pergunta
Diante dos dados clínico-laboratoriais, porque não houve a possibilidade de realizar a dosagem da hemoglobina glicada pelo laboratório?
Correto
Resposta: b) Hemoglobinopatia homozigótica.
Explicação:
A hemoglobina A (HbA) é a forma nativa e principal da hemoglobina encontrada em adultos saudáveis. A hemoglobina glicada, também chamada de HbA1c ou A1C, é formada por um processo bioquímico chamado de glicação, onde a molécula de glicose liga-se (irreversível e não enzimaticamente) ao aminogrupo aminoterminal das cadeias beta da hemoglobina A (HbA).
No caso, o paciente é portador de anemia falciforme (HbSS), um tipo de hemoglobinopatia homozigótica, de causa genética e hereditária. Nessa patologia, em decorrência da ausência de hemoglobina A (HbA), a determinação da hemoglobina glicada não é possível, independentemente da metodologia utilizada.
Nessas situações, os pacientes diabéticos podem (e devem) ser acompanhados por outros tipos de exames, tais como a albumina glicada, a 1,5-anidroglucitol e, mais usual e classicamente, pela frutosamina.[Quebra da Disposição de Texto]
Convém mencionar que, as variantes de hemoglobina heterozigóticas (ex.: hemoglobina S, C, etc.), também sofrem um processo de glicação similar ao que ocorre com a hemoglobina A (HbA). Nesses pacientes, a dosagem da hemoglobina glicada é perfeitamente possível, porém, é necessário que a mesma seja realizada em determinadas metodologias (ex.: HPLC, eletroforese por capilaridade).
Devido a particularidades analíticas, essas metodologias podem identificar alguns tipos de hemoglobinopatias, desconsiderando a concentração das variantes da hemoglobina glicada no cálculo final do exame. Já em outras metodologias, as quais não são capazes de detectar as variantes glicadas, consideram essas hemoglobinas variantes glicadas na análise final da hemoglobina glicada, gerando resultados inadequados (falsamente elevados ou diminuídos, a depender do método).
Referências bibliográficas:
- American Diabetes Association: Standards of Medical Care in Diabetes – 2017. Diabetes Care 2017; 40 (Suppl. 1):S1-S135.
- Kanaan S. Laboratório com interpretações clínicas. 1a ed. Rio de Janeiro: Atheneu; 2019.
- Posicionamento Oficial SBD, SBPC-ML, SBEM e FENAD 2017/2018. Atualização sobre hemoglobina glicada (A1C) para avaliação do controle glicêmico e para o diagnóstico do diabetes: Aspectos Clínicos e Laboratoriais.
Incorreto
Resposta: b) Hemoglobinopatia homozigótica.
Explicação:
A hemoglobina A (HbA) é a forma nativa e principal da hemoglobina encontrada em adultos saudáveis. A hemoglobina glicada, também chamada de HbA1c ou A1C, é formada por um processo bioquímico chamado de glicação, onde a molécula de glicose liga-se (irreversível e não enzimaticamente) ao aminogrupo aminoterminal das cadeias beta da hemoglobina A (HbA).
No caso, o paciente é portador de anemia falciforme (HbSS), um tipo de hemoglobinopatia homozigótica, de causa genética e hereditária. Nessa patologia, em decorrência da ausência de hemoglobina A (HbA), a determinação da hemoglobina glicada não é possível, independentemente da metodologia utilizada.
Nessas situações, os pacientes diabéticos podem (e devem) ser acompanhados por outros tipos de exames, tais como a albumina glicada, a 1,5-anidroglucitol e, mais usual e classicamente, pela frutosamina.[Quebra da Disposição de Texto]
Convém mencionar que, as variantes de hemoglobina heterozigóticas (ex.: hemoglobina S, C, etc.), também sofrem um processo de glicação similar ao que ocorre com a hemoglobina A (HbA). Nesses pacientes, a dosagem da hemoglobina glicada é perfeitamente possível, porém, é necessário que a mesma seja realizada em determinadas metodologias (ex.: HPLC, eletroforese por capilaridade).
Devido a particularidades analíticas, essas metodologias podem identificar alguns tipos de hemoglobinopatias, desconsiderando a concentração das variantes da hemoglobina glicada no cálculo final do exame. Já em outras metodologias, as quais não são capazes de detectar as variantes glicadas, consideram essas hemoglobinas variantes glicadas na análise final da hemoglobina glicada, gerando resultados inadequados (falsamente elevados ou diminuídos, a depender do método).
Referências bibliográficas:
- American Diabetes Association: Standards of Medical Care in Diabetes – 2017. Diabetes Care 2017; 40 (Suppl. 1):S1-S135.
- Kanaan S. Laboratório com interpretações clínicas. 1a ed. Rio de Janeiro: Atheneu; 2019.
- Posicionamento Oficial SBD, SBPC-ML, SBEM e FENAD 2017/2018. Atualização sobre hemoglobina glicada (A1C) para avaliação do controle glicêmico e para o diagnóstico do diabetes: Aspectos Clínicos e Laboratoriais.