No último dia 08, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) emitiu um alerta devido à confirmação de um caso de sarampo na cidade do Rio de Janeiro. O documento adverte que a confirmação foi feita em um menino de nove meses de idade, não vacinado e residente no município do Rio de Janeiro.
Caso de sarampo no RJ
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS RJ), o caso foi de um lactente de nove meses de idade, do sexo masculino, residente no bairro de Rio das Pedras. A criança não tinha registro de doenças pré-existentes, nem histórico de viagens e nem relato de contato com casos suspeitos (os contactantes domiciliares eram assintomáticos).
Em 20 de novembro, o bebê apresentou os primeiros sintomas: febre e coriza. No dia seguinte (21), iniciou quadro de exantema. No dia 23, foi atendido na Clínica da Família (CF) Otto Alves de Carvalho, onde houve a suspeita diagnóstica de sarampo. Foi realizada a notificação do caso, vacinação de bloqueio da mãe e convocação para atualização vacinal de quatro contatos domiciliares. No dia seguinte, 24, foi efetuada coleta de amostras biológicas (secreção nasofaríngea, sangue e urina) e as amostras foram encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (LACEN RJ).
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Em 26 de novembro, o LACEN RJ liberou o resultado da sorologia: IgM reagente para sarampo. No dia 29, a criança foi inadvertidamente vacinada com dose zero da vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola). No dia seguinte, 30, foi liberado o resultado do RT PCR pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz, Fiocruz (LVRS IOC FIOCRUZ), sendo detectado sarampo. Em 01/12/2021, uma varredura no local de residência foi conduzida para intensificação vacinal e avaliação de situação vacinal. Foram realizadas 28 avaliações (10 vacinados, 1 recusa e 17 pessoas com situação vacinal adequada).
A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde do Rio confirmou ao Portal PEBMED que a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) registrou um caso confirmado de sarampo em uma criança de 9 meses. “Todas as medidas de investigação epidemiológica e profilaxia foram prontamente realizadas, incluindo vacinação na localidade de moradia. A criança já está curada”, disse.
Alerta
O documento da SES RJ destaca que a detecção precoce dos casos de sarampo é de suma importância para que as medidas de controle sejam tomadas o mais rapidamente possível, com o objetivo de impedir a reintrodução dos vírus em nosso território. Além disso, enfatiza o papel das SMS da necessidade de manter em alerta os serviços de vigilâncias epidemiológicas e solicita que:
- Os profissionais de saúde, das redes pública e privada, sejam comunicados sobre a notificação e investigação de casos suspeitos de sarampo;
- Seja considerado caso suspeito de sarampo aquele que apresente febre e exantema acompanhado de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse, coriza, conjuntivite, independente da situação vacinal;
- Os casos suspeitos sejam imediatamente notificados à vigilância local e a investigação seja prontamente iniciada para que as medidas de controle possam ser tomadas o mais breve possível. As medidas de controle devem ser iniciadas independentemente de confirmação laboratorial;
- Os casos suspeitos de sarampo devem ser notificados, em 24 horas, à SES RJ;
- A vacinação de bloqueio seja efetuada, o mais rápido possível e de forma seletiva nos contatos do caso suspeito;
- Nesta situação, a idade mínima para vacinação é de seis meses e a idade máxima deverá ser definida conforme a situação epidemiológica. Indivíduos com sintomas não devem ser vacinados;
- A vacinação dos grupos de risco continue sendo realizada principalmente em profissionais de saúde, de turismo e de comércio;
- Todos os casos devem ter coleta laboratorial.
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Por fim, a SES RJ salienta que a vacinação ainda é a medida mais eficaz para prevenção. Atualmente, está indicada, no calendário de vacinação, a partir dos 12 meses até 59 anos de idade conforme faixa etária e situação vacinal encontrada.
Todavia, como ainda temos circulação do vírus em nosso território, existe indicação de continuar sendo feita a dose zero nas crianças entre 6 e 11 meses e 29 dias (entretanto, esta dose não é contabilizada no esquema vacinal). Dessa forma, manter elevadas coberturas vacinais de rotina ainda é um alvo relevante a ser alcançado.
Referências bibliográficas:
- PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO – SAÚDE. LINHA DO TEMPO. Caso confirmado para Sarampo – Rio da Pedras (CAP 4.0). S/SUBPAV/SVS DEZ 2021
- SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO. Alerta 001/2021 – Sarampo no Estado do Rio de Janeiro. Gerência de Doenças Imunopreveníveis. Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária em Saúde. Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental. Rio de Janeiro, 08 de dezembro de 2021.
Desafortunadamente no llevan un orden en cuanto a la enfermedad y así se pierde uno en tecnicismos epidemiológicos que le restan interés