Os pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) descobriram que os casos de chikungunya neste ano superam em sete vezes os registrados em 2022, além de um aumento significativo na quantidade de coinfecções por dengue e chikungunya.
Para detecção das infecções os pesquisadores utilizaram testes capazes de detectar vários vírus ao mesmo tempo desenvolvidos pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e realizaram mais de 60 mil diagnósticos em 14 estados do Brasil, usando amostras positivas para as arboviroses, em exames de diagnóstico sorológico (IgM) e molecular (antígeno e PCR).
A Especialista Científica em Diagnóstico Molecular de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Patrícia Alvarez, alerta que é esperado que durante os picos de epidemia de arboviroses, exista uma taxa de coinfecção de 2% a 3%, contudo o que se encontrou foi um índice de 11%, um nível muito preocupante.
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Dados epidemiológicos
Segundo o Ministério da Saúde, até o dia 5 de outubro de 2023, o Brasil já havia registrado mais de 1 milhão e meio de casos de dengue, com mais de 22 mil casos graves e 975 óbitos. E os casos de chikungunya chegaram a 141.685, dos quais 1.588 foram em gestantes.
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Prevenção
Transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti (o mesmo responsável pelas infecções por Zika), as doenças ainda não possuem tratamentos específicos. Embora para a dengue existam duas vacinas aprovadas, a Qdenga e a Dengvaxia, as vacinas contra chikungunya ainda estão em fases de testes clínicos e sem aprovação para uso na população geral.
Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal.