A doença do enxerto-contra-hospedeiro (DECH, ou GVHD na sigla em inglês) é uma complicação pós-transplante de medula óssea (TMO) alogênico que traz muita morbidade e, por vezes, pode ser fatal para o paciente submetido ao procedimento. Diversos grupos têm tentado superar esse grande desafio, promovendo ajustes nos regimes de condicionamento e manutenção da imunossupressão peri-TMO. Não obstante os pesquisadores procurem reduzir toxicidade e a incidência de DECH, a taxa de recidiva de doença deve estar no outro lado da balança, sendo um limitador no aumento do grau de imunossupressão.
Com isso em mente, o grupo cooperativo belgo-holandês de estudos em doenças onco-hematológicas HOVON promoveu um estudo prospectivo de fase 3, randomizado, com pacientes recrutados em 06 centros europeus que avaliou o uso de ciclofosfamida pós-transplante alogênico não mieloablativo associado a um ciclo curto de ciclosporina. O grupo controle consistia em pacientes submetidos a um condicionamento não mieloablativo fazendo uso de ciclosporina e micofenolato mofetila no regime habitualmente proposto pela EBMT para prevenção de DECH. Os resultados foram publicados em junho de 2022 na blood advances.
Quais resultados eles encontraram? E a dose e forma de administração propostas? Afinal de contas, a taxa de recidiva de doença aumentou com a redução da GVHD? Existem outros estudos e esquemas que se baseiam na ciclofosfamida pós-TMO alogênico com o mesmo intuito? A resposta para essa e outras perguntas no episódio de hoje!
Ouça o episódio!
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Neste podcast, falamos sobre:
- Desenho do estudo HOVON-96;
- Doses e vias de administração utilizadas nos dois grupos;
- Resultados obtidos quanto à incidência e gravidade de DECH versus recidiva da doença de base e toxicidade dos esquemas;
- Outros estudos que buscam avaliar novos esquemas com a intenção de reduzir DECH sem aumentar recidiva de doença;
- Perspectivas futuras.
Veja também:
Rituximabe ou ciclosfosfamida no tratamento das doenças intersticiais pulmonares?
Doença do enxerto versus hospedeiro nos transplantes de medula óssea
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5 fev. 2024 
2 min. 
