Consulta pública para atualização do tratamento de espondilite anquilosante no SUS

Está aberta a consulta pública sobre a ampliação de medicamentos biológicos na primeira linha de tratamento de espondilite anquilosante.

Está aberta a consulta pública para a manifestação da sociedade em geral sobre a ampliação de medicamentos biológicos na primeira linha de tratamento de espondilite anquilosante (EA) no Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta discute a ampliação de uso de secuquinumabe como primeira etapa de terapia biológica para o tratamento da doença em pacientes adultos. Quem quiser colaborar tem até o dia 17 de maio para enviar a sua participação.

Vale lembrar que a espondilite anquilosante é um tipo de artrite, uma inflamação nos ossos ou vértebras da coluna, que também pode atingir as articulações presentes na região das nádegas.

Pode ainda apresentar outros sintomas, como dor e/ou vermelhidão nos olhos, diarreias e cólicas sem motivo aparente, dor ou inchaço nas juntas e lesões na pele (a exemplo da psoríase). As dores e a rigidez causadas pela enfermidade são piores após o repouso (principalmente pela manhã) e melhoram com a prática de exercícios físicos.

Leia também: Por que jovens estão desenvolvendo problemas na coluna típicos dos mais velhos?

Consulta pública para atualização do tratamento de espondilite anquilosante no SUS

Difícil diagnóstico

A doença pode ser de difícil diagnóstico para os médicos reumatologistas, uma vez que ainda não há um exame específico. Ademais, muitos indivíduos com espondilite anquilosante não sabem da sua condição e pensam que a dor está relacionada a algum tipo de tensão física nas costas, não costumando relacioná-la com a enfermidade. E, assim, contribuindo para a demora de um diagnóstico correto e precoce.

Quando não tratada adequadamente, a inflamação pode levar a uma fusão de algumas das vértebras, o que é chamado de anquilose. Essa fusão torna a coluna menos flexível e pode resultar em uma postura curvada para a frente e na perda da mobilidade. Se as costelas forem afetadas, a pessoa pode ter dificuldade para respirar profundamente, por exemplo.

Além de prejudicarem as articulações, as inflamações causam dores constantes e impactam na qualidade de vida dos pacientes, podendo gerar problemas psicológicos, como a ansiedade e a depressão.

Saiba mais: Quiz: dor recorrente na coluna dorsal – qual é a causa?

A espondilite anquilosante é mais comum no sexo masculino. Geralmente, os sinais e os sintomas começam no final da adolescência ou início da idade adulta (entre 17 e 35 anos de idade) e muitas vezes ocorrem em indivíduos da mesma família, uma vez que é causada pelo sistema imunológico do próprio organismo, sendo provável o envolvimento de fatores genéticos.

Manejo

Ainda não existe cura para a enfermidade, apenas tratamentos e remédios disponíveis para reduzir os sintomas e controlar a dor.

Atualmente, existem medicamentos que podem, inclusive, retardar a progressão da espondilite anquilosante, disponíveis para os brasileiros que possuem planos de saúde ou não.

No SUS, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da doença inclui o fornecimento de anti-inflamatórios e, quando em falta, medicamentos biológicos podem ser indicados para pacientes funcionando na inibição da proteína que provoca inflamação.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências bibliográficas:

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.