O Ministério da Saúde abriu consulta pública para avaliar a inclusão do belimumabe intravenoso para o tratamento adjuvante de pacientes adultos com lúpus eritematoso sistêmico (LES) com alto grau de atividade apesar da terapia padrão e que apresentem falha terapêutica a dois imunossupressores prévios no Sistema Único (SUS). O prazo para o envio de contribuições vai até o dia 6 de fevereiro. Clique aqui e participe!
Coordenada pela Secretaria-Executiva da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), a consulta visa avaliar se o tratamento é capaz de controlar a LES e evitar o surgimento de fatores de risco para complicações.
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Documento com as informações sobre o medicamento
O Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde (DGITS/SCTIE/MS) do Ministério da Saúde produziu um documento que reúne informações sobre a experiência de pacientes submetidos ao tratamento medicamentoso para lúpus.
A “Síntese de evidência qualitativa – Experiências e Perspectivas sobre o tratamento medicamentoso extra-hospitalar para Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)” aborda a experiência de familiares e cuidadores com o acompanhamento que pode ser realizado também na residência do paciente.
O conteúdo produzido com base em artigos científicos publicados em diferentes plataformas de pesquisa explora aspectos do cotidiano, valores, aspectos socioculturais, expectativas e outras questões que se mostram cruciais num processo terapêutico. O documento está disponível para acesso no site da Conitec, no link Biblioteca Virtual.
A Comissão já utiliza evidências quantitativas provenientes dos relatórios técnicos em suas avaliações, porém busca considerar também dados qualitativos para a tomada de decisão em Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS).
Para a Conitec ainda há limitações e incertezas das evidências, particularmente em relação ao impacto orçamentário da tecnologia, tendo em vista o parâmetro de falha terapêutica e o pressuposto de fracionamento das doses, além de preocupações operacionais relacionadas à organização dos serviços para a sua implementação na rede pública de saúde.
Anterior aos apontamentos sobre as experiências com a terapia medicamentosa, o texto do documento aborda o LES enquanto doença crônica, a oscilação e a recorrência dos sintomas, o temor de danos a órgãos e a expectativa de cura ou modificação do curso da doença.
Lúpus Eritematoso Sistêmico
O Lúpus Eritematoso Sistêmico apresenta manifestações clínicas muito variadas. Entre as formas de manifestação mais comuns, é possível citar apresentações leves na pele e artrite. Já entre as situações de maior gravidade, destacam-se a nefrite lúpica, a diminuição na quantidade de células sanguíneas, a doença do sistema nervoso, a falência de órgãos e complicações obstétricas. Em sua forma grave, o LES é uma condição de difícil tratamento e que pode ser fatal.
*Este artigo foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED.