Covid-19: Idosos com 60 anos ou mais são incluídos para receber a segunda dose de reforço

O Ministério da Saúde incluiu idosos a partir de 60 anos na recomendação para a aplicação da segunda dose de reforço contra covid-19.

O Ministério da Saúde incluiu idosos a partir de 60 anos na recomendação para a aplicação da segunda dose de reforço (ou quarta dose) das vacinas contra a Covid-19, com intervalo de quatro meses entre a primeira e a segunda doses. A nota técnica foi publicada nesta quarta-feira, dia 18 de maio.

A orientação da pasta é que o segundo reforço seja realizado, preferencialmente, com a vacina da Pfizer. As da Janssen e AstraZeneca também podem ser utilizadas, independentemente do imunizante anterior.

Cerca de 24,2 milhões de brasileiros acima de 60 anos estão aptos para se imunizar com a segunda dose de reforço contra a Covid-19. Antes, o segundo reforço de imunização era recomendado somente para idosos acima de 70 anos, imunocomprometidos e indivíduos com mais de 60 anos que vivem em instituições permanentes.

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segunda dose de reforço

Estudos apontam necessidade de ampliação do público-alvo

Estudos mostraram que essa estratégia aumenta em mais de cinco vezes a imunidade uma semana após a aplicação.

“Achados de estudos desenvolvidos em Israel, demonstraram que, após a aplicação de uma segunda dose de reforço, houve aumento de cinco vezes nos títulos de anticorpos após uma semana. Em um estudo que comparou a efetividade da vacina mRNA contra doença grave pela variante ômicron em indivíduos com mais de 60 anos de idade que receberam uma ou duas doses de reforço, os autores observaram melhor proteção no grupo que recebeu a segunda dose de reforço em detrimento a quem recebeu apenas a primeira dose de reforço”, diz a nota.

Para que o andamento da vacinação continue seguindo normalmente e sem contratempos, estados e municípios devem seguir a nova orientação de acordo com a disponibilidade de doses. Para tanto, devem ser priorizadas as faixas etárias mais avançadas, com 90 anos de idade ou mais, seguida de 80 a 89 anos e assim sucessivamente, até que todos os idosos sejam contemplados com a quarta dose.

Vacinação ampliada pelo país

Após o anúncio do Ministério da Saúde, os estados divulgaram o início da campanha de vacinação com a segunda dose de reforço para idosos com 60 anos ou mais.

Esse foi o caso da Secretaria de Saúde de Santa Catarina (SES), que informou nesta quinta-feira (19/5) que passou a recomendar a aplicação da quarta dose para o público-alvo.

Em Cuiabá, a população com essa faixa etária também já pode receber a segunda dose de reforço contra a Covid-19, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

Dose antecipada

Alguns estados, antes mesmo da recomendação do Ministério da Saúde, já tinham iniciado a aplicação da quarta dose contra a Covid-19 para idosos com 60 anos ou mais.

O Rio de Janeiro, por exemplo, começou a imunizar dessa faixa etária desde o dia 11 de maio. Um levantamento realizado pela SES mostrou que, entre 1º e 18 de maio, 60 dos 92 municípios fluminenses (dois terços das cidades) não registraram óbitos pela enfermidade. Dos 287 óbitos contabilizados este mês nos demais municípios, apenas 15 (5%) ocorreram em maio de 2022.

“Esse cenário é consequência da vacinação no estado do Rio de Janeiro, que já atingiu 84% de toda a população fluminense com 12 anos ou mais imunizada com a primeira e a segunda doses. O Mapa de Risco para Covid-19 mostra que o número de óbitos caiu, mas a população acima de 60 anos precisa retornar aos postos para receber a segunda dose de reforço”, disse o secretário de estado de saúde, Alexandre Chieppe.

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Fiocruz aponta estagnação no crescimento da cobertura vacinal

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou, nesta quinta-feira (19/5), uma nova edição do boletim do seu Observatório Covid-19, que traz um alerta para a estagnação do crescimento da cobertura vacinal entre adultos contra a Covid-19 e a desaceleração da curva de cobertura para a terceira dose contra a doença.
Os pesquisadores indicam que a cobertura do esquema vacinal completo na população acima de 25 anos é de 80% no país. Entretanto, os dados mostram que a terceira dose (primeira de reforço) nos grupos mais jovens segue abaixo da média considerada satisfatória.

Os dados apontam cobertura de 63,9% na faixa etária de 55 a 59 anos, 57,9% na de 50 a 54 anos, e de 52,8% de 45 a 49 anos. A partir daí, o percentual diminui gradualmente: a partir de 40 a 44 anos é de 49,8%, de 35 a 39 anos é de 44,7%, de 30 a 34 anos é de 40,3%, de 25 a 29 anos é de 35,5%, de 20 a 24 anos é de 30,4% e de 18 a 19 anos é de 25,2%.

Em relação à quarta dose no período de 24 de abril a 14 de maio (referentes às semanas epidemiológicas 18 e 19), a cobertura na faixa etária de 80 anos ou mais é de 17,7%, de 75 a 79 anos é de 12,4%, 70 a 74 anos é de 12%, de 65 a 69 anos é de 6,4% e de 60 a 64 anos é de 3,4%.

De acordo com o boletim da Fiocruz, 14 estados apresentam mais de 80% da população vacinada com a primeira dose e 18 apresentam mais de 70% com a segunda dose. Os estados do Piauí e de São Paulo se destacam pela alta cobertura da vacinação desde a primeira dose.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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