Dia da Conscientização de Linfomas

Todo ano, o dia 15 de setembro é marcado como Dia Nacional de Conscientização sobre Linfomas. Saiba mais.

Todo ano, o dia 15 de setembro é marcado como Dia Nacional de Conscientização sobre Linfomas. Os linfomas fazem parte de um grupo de neoplasias malignas do sistema linfático. Na população pediátrica, os linfomas são o terceiro tipo de câncer mais comum na infância, após das Leucemias e Tumores do Sistema Nervoso Central. Podem ser classificados como Linfomas de Hodgkin e Linfomas de Não Hodgkin.

Linfoma de Hodgkin

O linfoma de Hodgkin (LH) é mais comum em adolescentes, sendo caracterizado pela presença de uma célula gigante e multinucleada denominada célula de Reed-Sternberg (HRS). Essa célula, juntamente com linfócitos, histiócitos e suas variantes, compõe um conjunto de células malignas do LH.

Os paciente podem ser classificados em A, caso sejam assintomáticos e B, caso apresentem os seguintes sintomas, denominados de sintomas B, por serem provocados pela liberação de citocinas e linfocinas pelas células de Reed-Stenberg:

  • Febre acima de 38ºC duas vezes ao dia, sem foco infeccioso, por três dias consecutivos;
  • Sudorese noturna e perda de 10% ou mais de peso, nos seis meses anteriores.

Além disso, os pacientes com LH podem apresentar os seguintes sinais e sintomas: 

  • Linfadenopatia indolor e firme, principalmente, em região cervical e supraclavicular. 
  • Sudorese noturna; 
  • Perda de peso (> 10%) sem causa explicável, nos seis meses anteriores; 
  • Fadiga; 
  • Anorexia; 
  • Esplenomegalia; 
  • Dor ou desconforto abdominal decorrente de esplenomegalia; 
  • Alargamento do mediastino, que pode provocar tosse, insuficiência respiratória, estase de jugular e outros sinais relacionados à síndrome da compressão da veia cava superior; 
  • Prurido, proveniente de colestase em doença avançada; 
  • Dor óssea, decorrente de infiltração da medula óssea; 
  • Dor neurogênica, relacionada à compressão da medula espinhal;
  • Outros sintomas podem aparecer, dependendo da extensão e localização da doença em áreas extranodais.

O protocolo de tratamento pode ter variações de acordo com o protocolo adotado por cada instituição e da classificação de risco e estadiamento da doença, em cada caso. Entretanto, protocolos podem associar quimioterapia e radioterapia. A taxa de cura do LH em crianças é elevada. No entanto, os episódios de recaída ainda são frequentes em crianças com doença avançada.

Linfoma Não-Hodgkin

Os linfomas não Hodgkin (LNH), diferente dos LH, são  mais comuns em crianças em idade escolar e possuem comportamento mais difuso do que nodular, ocorrendo disseminação precoce e rápida e podendo acometer mediastino e meninges. Eles podem ser classificados em dois grandes grupos:

  • Linfomas de células B: linfoma de Burkitt; linfoma difuso de grande célula B (DLBCL); linfoma linfoblástico B e linfoma folicular;
  • Linfomas de células T: linfoma anaplásicos de grandes células ALK e linfoma linfoblástico T. 

Os sinais e sintomas que a criança com LNH pode apresentar variam conforme o subtipo histológico e a cadeia de linfonodos o qual acomete, podendo provocar sintomas gastrointestinais, respiratórios, comprometimento do mediastino e hepatoesplenomegalia. 

A Linfonodomegalia geralmente possui características como linfonodos indolores, endurecidos, aderidos a planos profundos e sem sinais flogísticos.   Sinais sistêmicos como febre, sudorese e perda de peso, também podem estar presentes. 

Leia também: Aprovada no Brasil nova opção de tratamento para linfoma de Hodgkin para crianças e adultos

O tratamento do LNH é basicamente quimioterápico. Cirurgia e radioterapia são utilizados em casos isolados. O tratamento quimioterápico pode sofrer variações de acordo com o protocolo de cada instituição e classificação de risco da doença. As principais drogas utilizadas nos protocolos são: vincristina , daunorrubicina , ciclofosfamida , L-asparaginase, citarabina , etoposide , tioguanina , metotrexato , doxorrubicina  e rituximabe. Em alguns casos, realiza-se quimioterapia intratecal;

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Referências bibliográficas:

  • Instituto Nacional do Câncer (BR). Linfoma de Hodgkin – versão para Profissionais de Saúde. 2018. (Acessed on 08 Apr 2021). [Internet].
  • Hockenberry MJ, Wilson DW. Fundamentos de Enfermagem Pediátrica. 9th ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2014.
  • Melaragno R, Camargo B. Oncologia Pediátrica: Diagnóstico e Tratamento. São Paulo: Atheneu; 2013.
  • Filho VO, Cristofsni LM, Almeida MTA, et al. Doenças Neoplásicas da Criança e do Adolescente. Instituto da Criança Hospital de Clínicas. São Paulo: Manole; 2012.
  • Bonassa EMA, Gato MIR. Terapêutica Oncológica para Enfermeiros e Farmacêuticos. 4th ed. São Paulo: Atheneu; 2012.
  • Instituto Nacional do Câncer (BR). Ações de Enfermagem para Controle do Câncer: Uma Proposta de Integração Ensino Serviço. 3th ed. Rio de Janeiro: INCA; 2008.

 

 

 

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