Dois primeiros casos de monkeypox em bebês são confirmados no Brasil

Autoridades de saúde dos estados de São Paulo e da Bahia confirmaram os primeiros casos de monkeypox em bebês.

O Brasil registrou nesta terça-feira (23/8) seus dois primeiros casos de monkeypox em bebês, segundo autoridades de saúde dos estados de São Paulo e da Bahia. 

Um dos casos foi um menino de dez meses, que mora em São Paulo. Ele apresentou os primeiros sintomas da infecção no dia 11 de agosto, incluindo febre e lesões cutâneas. O bebê permanece em isolamento domiciliar, com quadro clínico estável e sem agravamento. 

O segundo caso é um bebê de dois meses, diagnosticado com a varíola dos macacos em 5 de agosto, em Conceição do Jacuípe, na Bahia. Não foram divulgadas outras informações sobre sintomas e o atual estado de saúde dessa criança.    

Recém-nascidos, crianças pequenas e pessoas com deficiências imunológicas subjacentes podem desenvolver sintomas mais graves da doença devido ao sistema imunológico mais frágil. Em casos raros, a infecção pode levar ao óbito. 

No mundo, o Brasil é o terceiro país em número de ocorrências de monkeypox. De acordo com o último boletim epidemiológico da enfermidade monitorado pela pasta, 34 crianças, entre 0 e 9 anos, contraíram o vírus da varíola dos macacos em território brasileiro.

Leia também: Monkeypox em crianças e adolescentes

monkeypox em bebês

Chegada da vacina importada 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o pedido para análise da vacina que será importada pelo Ministério da Saúde, através da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e do laboratório dinamarquês Bavarian Nordic. A previsão é da chegada de três remessas do imunizante, totalizando 50 mil doses. 

O pedido do governo federal passará pela avaliação da Comissão Técnica da Emergência Monkeypox, criada pela Anvisa para acelerar os atos necessários em relação à doença. Serão verificadas a concentração, a fórmula farmacêutica, as indicações e contraindicações, posologia, população alvo, via de administração e modo de uso, entre outras informações. 

Além disso, serão comparadas as autorizações internacionais com as diretrizes regulatórias estabelecidas na Resolução da Diretoria Colegiada, que reconhece registros emitidos no exterior por agências reguladoras correlatas. Somente depois dessas etapas é que a diretoria da agência poderá aprovar a compra das vacinas contra a varíola. Os imunizantes serão direcionados apenas para profissionais da saúde que têm contato direto com os infectados.

Monkeypox: Anvisa libera uso de remédios e vacinas aprovados por autoridades internacionais

Rio de Janeiro ganha novo centro de testagem para casos da doença

O Rio de Janeiro ganhou um novo centro de coleta de material para testagem de casos de monkeypox, localizado no anexo à UPA Colubandê, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. 

O serviço vai funcionar de segunda a sexta-feira para receber e realizar a coleta de pessoas encaminhadas por unidades de saúde das redes pública e privada, após exame clínico que indique a suspeita da infecção e mediante a notificação em sistema de vigilância. Não há atendimento clínico nos postos de coleta. 

As amostras serão enviadas para o Laboratório Central Noel Nutels (LACEN-RJ) e enviadas para análise nos laboratórios de referência. Após o atendimento nos postos de coleta do estado, o paciente deverá retornar à unidade de saúde onde recebeu atendimento médico para saber o resultado do teste.

*Este texto foi revisado pela equipe médica do Portal PEBMED.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.
Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo