O Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) detectou duas novas variantes da covid-19. O serviço de vigilância genômica foi realizado pelo IMT-UFRN, em parceria com o Instituto Butantã e o Getúlio Sales Diagnósticos, com um total de 32 amostras positivadas. Mais da metade desse número corresponde a novas variantes da covid-19, sendo 16 da nova variante BQ.1 e duas amostras da nova cepa BN.1.5, além de outras 14 amostras da BA.5, que já circulava desde maio de 2022.
Os sequenciamentos e análises dos dados foram realizados pelos pesquisadores Francisco Freire Neto e Diego Gomes Teixeira, que detectaram a primeira amostra positiva para a nova variante BQ.1 em 8 de novembro.
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Aumento de casos no estado
Nesta quinta-feira, pelo segundo dia consecutivo, o Rio Grande do Norte (RN) registrou mais de mil casos de covid-19 em um intervalo de 24 horas, conforme divulgou a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap).
Em apenas 24 horas, o estado registrou 1.091 casos confirmados da doença. Ainda segundo a Sesap, o RN chegou ao total 572.471 diagnósticos positivos para a enfermidade desde o início da pandemia. O estado do Nordeste ainda tem 2.448 casos suspeitos cadastrados.
No entanto, nas últimas 24 horas não foi registrado nenhum óbito por covid no Rio Grande do Norte. No total, desde que a pandemia começou, o estado acumula 8.511 óbitos.
Em virtude do aumento recente de casos de covid-19, a diretora do IMT-UFRN, Selma Jerônimo, já tinha ressaltado a importância da população manter o calendário vacinal em dia, utilizar máscaras em locais fechados e manter a higiene das mãos.
“Há um indicativo de que as novas variantes são mais transmissíveis, se observarmos a quantidade de novas variantes nas amostras analisadas e o aumento recente da quantidade de pessoas com covid-19”, considerou Selma Jerônimo.
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Aumento dos casos de covid-19 é grave e exige resposta imediata, aponta o Conselho Nacional de Saúde
O Brasil ocupa a segunda colocação entre os países com o maior número de óbitos nas últimas 24 horas em decorrência da covid-19 e o quinto lugar em número de casos. Somente no último dia 7 de dezembro, 168 pessoas vieram a óbito em decorrência da enfermidade e outras 45.682 testaram positivo, de acordo com dados divulgados pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Nos últimos 14 dias, a média móvel de óbitos subiu 53%, com 112, contabilizando 1.310 óbitos no período. “A situação é grave. É urgente a necessidade de comprar vacinas, agilizar a vacinação de crianças a partir dos seis meses, bem como criar a rede de cuidados às vítimas da covid-19 e seus familiares, como prevê a Recomendação 013/22 do CNS.”, ressaltou Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde e integrante da CTAC/CNS.
Já Matheus Cerroni, do Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde da Fiocruz, alerta que o aumento de casos da covid-19 é uma realidade em 16 estados brasileiros. No diagnóstico apresentado à comissão técnica, ainda apontou a falha na comunicação com a população e a falta de uma resposta coordenada como sendo problemas enfrentados no combate à pandemia.
Em contrapartida, Cerroni destacou que o caminho para este enfrentamento é a atenção básica. “É urgente capacitar e criar novas equipes, além de fortalecer os laboratórios públicos de exames”, completou o especialista durante a reunião da Câmara Técnica para Acompanhamento da covid-19, que aconteceu nesta quinta-feira (8/12), na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Brasília.
12 abr. 2024 
21 min. 
