É possível prever a tendinite do iliopsoas após ATQ?

Estudo analisou pacientes submetidos à cirurgia de ATQ e incluiu 23 pacientes diagnosticados com tendinite do iliopsoas e 23 não diagnosticados.

A tendinite do iliopsoas após artroplastias totais de quadril (ATQ) pode ocorrer por cimento ou parafusos protrusos, offset excessivo ou alongamento do membro, por exemplo. Entretanto, está mais associada à exposição anterior do componente acetabular, resultado de retroversão, laterização ou “oversizing” do componente. A incidência de tendinite do iliopsoas está estimada em 29% dos pacientes após ATQ.

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Apesar de relativamente frequente, é uma patologia de difícil diagnóstico e são escassos os artigos que abordam o tema, sendo ainda mais escassos os que abordam com a real incidência. Foi publicado esse mês na revista Bone and Joint Open um estudo com o objetivo de desenvolver um modelo computacional inovador para quantificar o impacto entre o iliopsoas e o componente acetabular e validar sua utilidade em um estudo caso controlado.

É possível prever a tendinite do iliopsoas após ATQ

Métodos

Este foi um estudo de coorte retrospectivo de pacientes submetidos à cirurgia de ATQ em um Hospital de Sydney que incluiu 23 pacientes sintomáticos diagnosticados com tendinite do iliopsoas e 23 pacientes não diagnosticados com tendinite do iliopsoas. Todos os pacientes realizaram tomografia computadorizada pós-operatória, radiografia com carga e seguimento mínimo de seis meses.

Modelos 3D de cada paciente com sua anatomia protética e óssea foram gerados, marcados e simuladas em um novo modelo de detecção de impacto do iliopsoas nas posições supina e ortostática. Modelos de regressão logística foram implementados para determinar se a probabilidade de dor podia ser significativamente prevista. As curvas características de operação do receptor foram geradas para determinar a sensibilidade, especificidade e área sob a curva (AUC).

Resultados

Diferenças altamente significativas entre as coortes sintomáticas e assintomáticas foram observadas para impacto do iliopsoas. Modelos de regressão logística determinaram que os valores de impacto previram significativamente a probabilidade de dor na virilha. A simulação teve uma sensibilidade de 74%, especificidade de 100% e uma AUC de 0,86.

Conclusão

Foi desenvolvido um modelo computacional capaz de quantificar a compressão do iliopsoas e sua precisão foi verificada em um estudo caso controlado.

Mensagem prática

Esta ferramenta tem potencial para ser utilizada no pré-operatório, para orientar as decisões sobre a colocação ideal do componente acetabular e, no pós-operatório, para auxiliar no diagnóstico de tendinite do iliopsoas.

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