Em idosos com doença da via biliar principal, não basta CPRE!

Evidências indicam que a colecistectomia após a papilotomia endoscópica (PE) está associada com melhores desfechos em relação à PE isoladamente.

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Evidências indicam que a colecistectomia após a papilotomia endoscópica (PE) está associada com melhores desfechos em relação à PE isoladamente. No entanto, isso ainda não é claro quando falamos de idosos.

Em novo estudo retrospectivo, publicado na revista Nature, pesquisadores avalariam o risco de complicações recorrentes da doença da via biliar principal em 1 ano de tratamento em quase 12 mil pacientes idosos (≥ 65 anos), que apresentaram coledocolitíase, pancreatite por litíase biliar ou colangite ascendente. Todos os pacientes foram submetidos a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE)/papilotomia ou em combinação com colecistectomia.

No grupo CPRE/papilotomia, 39,3% dos pacientes apresentaram uma complicação recorrente. No grupo CPRE + colecistectomia essa complicação ocorreu em 18% das pessoas.

Após o ajuste para comorbidades usando regressão multivariada, CPRE + colecistectomia foi associada a um risco reduzido de coledocolitíase recorrente (odds ratio [OR] = 0,38, intervalo de confiança [IC] de 95%: 0,34-0,42; P <0,001), colangite ascendente ([OR] = 0,28, [IC] de 95%: 0,23-0,34; P <0,001) e pancreatite por litíase biliar ([OR] = 0,35, [IC] de 95%: 0,24-0,49; P <0,001) em comparação com (CPRE)/papilotomia isoladamente.

Esses benefícios foram preservados após o ajuste da pontuação de propensão e foram observados em pacientes com idade ≥ 75 anos e em indivíduos com câncer, insuficiência cardíaca ou doença hepática. Complicações pós-operatórias graves como infarto do miocárdio, embolia pulmonar e pneumonia não foram mais comuns no grupo da colecistectomia.

Pelos resultados, os pesquisadores concluíram que entre os pacientes mais velhos, incluindo aqueles com comorbidades graves, a colecistectomia após CPRE/papilotomia está associada a uma redução significativa e clinicamente importante nas complicações recorrentes.

Veja também:Coledocolitíase: novas diretrizes para diagnóstico e manejo’

*Esse artigo foi revisado pelo médico Eduardo Moura.

Referências:

  • The Impact of Cholecystectomy After Endoscopic Sphincterotomy for Complicated Gallstone Disease. The American Journal of Gastroenterology , (15 August 2017) | doi:10.1038/ajg.2017.247

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