ESC 2023: Nova diretriz para insuficiência cardíaca aguda e crônica

Veja todos os detalhes da nova diretriz apresentada no ESC 2023 sobre o manejo da insuficiência cardíaca (IC).

Essa foi uma das diretrizes mais esperadas, tendo em vista a insuficiência cardíaca (IC) ser o tema principal do ESC 2023. O foco desta atualização foi: tratamento de IC crônica com fração de ejeção preservada (ICFEp) e com fração de ejeção intermediária (ICFEi), tratamento de IC aguda, comorbidades e prevenção de IC.  

Tivemos grandes estudos desde 2021 que embasaram tais mudanças, destacando-se o impacto dos estudos EMPEROR Preserved, DELIVER e a metanálise envolvendo ambos, trazendo os ISGLT2 como indicação classe I para o tratamento de todos os tipos de IC crônica. Ademais, em relação a IC aguda, o STRONG-HF trial implicou a intensificação da terapia medicamentosa no paciente com IC aguda, além da recomendação dos ISGLT2 também para os quadros agudos para melhora de prognóstico e de sintomas, inclusive para o paciente renal crônico. Outro ponto importante foi quanto ao manejo da anemia e da deficiência de ferro que, após os resultados dos estudos CONFIRM-HF, AFFIRM-AHF e IRONMAN, temos recomendações mais assertivas para o rastreio de anemia e tratamento endovenoso de deficiência de ferro.

ESC 2023: Terapia natriurética guiada na insuficiência cardíaca aguda

ESC 2023: Terapia natriurética guiada na insuficiência cardíaca aguda

Assim, a nova diretriz de IC da ESC recomenda:

  • Tratamento de pacientes com IC sintomática com fração de ejeção levemente reduzida ou mid range:

Um inibidor do SGLT2 (dapagliflozina ou empagliflozina) é recomendado em pacientes com ICFEi range para reduzir o risco de hospitalização por IC ou morte CV. (Recomendação I/A). 

IECA/BRAs/Ineprisilina, antagonista mineralocortidoide e betabloqueadores mantiveram-se como recomendação IIb e diuréticos para hipervolemia como classe I.

  • Tratamento de pacientes com IC sintomática com fração de ejeção preservada:

Um inibidor do SGLT2 (dapagliflozina ou empagliflozina) é recomendado em pacientes com ICFEp para reduzir o risco de hospitalização por IC ou morte CV. (Recomendação I/A). 

Diuréticos para hipervolemia e tratamento da causa da IC e das comorbidades cardiovasculares ou não cardiovasculares mantiveram-se como classe I. 

  • Seguimento pré-alta e pós-alta precoce de pacientes hospitalizados por IC aguda: 

Uma estratégia intensiva de início e titulação rápidos do tratamento baseado em evidências antes alta e durante seguimento associada a acompanhamento cuidadoso e frequente com visitas nas primeiras 6 semanas após uma hospitalização por IC é recomendada para reduzir o risco de reinternação por IC ou óbito. (Recomendação I/B). 

  • Prevenção de IC em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e doença renal crônica:

Os inibidores de SGLT2 (dapagliflozina ou empagliflozina) são recomendados para reduzir o risco de hospitalização por IC ou morte cardiovascular. (Recomendação I/A). 

A finerenona é recomendada para reduzir o risco de IC hospitalização. (Recomendação I/A). 

  • Tratamento da deficiência de ferro em pacientes com problemas cardíacos falha: 

Recomenda-se suplementação intravenosa de ferro em pacientes sintomáticos com ICFEr ou ICFEmr e deficiência de ferro, para aliviar os sintomas de IC e melhorar a qualidade de vida. (Recomendação I/A).

Suplementação intravenosa de ferro com carboximaltose férrica ou derisomaltose férrica deve ser considerada em pacientes sintomáticos com ICFEr e ICFEmr e deficiência de ferro, para reduzir o risco de hospitalização por IC. (Recomendação IIa/A). 

O ESC 2023 traz atualizações de diretrizes e resultados de grandes estudos da cardiologia. Fique por dentro!

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.
Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • https://www.escardio.org/Guidelines/Clinical-Practice-Guidelines/Acute-Coronary-Syndromes-ACS-Guidelines