A incidência de pré-eclâmpsia numa gravidez traz morbimortalidade para o binômio fetal complicando em torno de 1,6 a 10 para cada 10.000 partos em países desenvolvidos chegando a 50 por 10.000 partos em países em desenvolvimento.
A literatura já tem consenso bem firmado para o uso de algumas medicações para prevenção de doença grave. Outros trabalhos diferentes vem testando diferentes métodos para tentar tornar o quadro menos grave ou ainda tentar evitar a patologia. Nenhum trabalho ainda não tinha trazido uma revisão englobando os métodos para profilaxia da pré-eclâmpsia.
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Assim, para atualização, uma revisão sistemática em rede com trials controlados foi publicado no American Journal of Obstetrics & Gynecology em 22 outubro. Os estudos foram selecionados de forma retrospectiva a partir de setembro de 2021 utilizando as bases de dados: PubMed, EMBASE, Web of Science, Cochrane Library, e Clinicaltrials.gov. Foram inseridos trabalhos onde existiam um pareamento entre casos usando um método de prevenção e controles negativos.
A partir de um total de 130 trials com 112.916 pacientes testaram 13 métodos profiláticos para pré-eclâmpsia.
Heparina de baixo peso molecular (85%), suplementação de vitamina D (79%), exercício físico (76%), cálcio (74%) e aspirina (61%) foram os métodos destacados entre as 13 metodologias testadas (redução de risco para pré-eclâmpsia / hipertensão induzida pela gravidez). Apesar dos números entre parênteses, estatisticamente as estratégias não se mostraram diferentes na prevenção. Sabe-se por outros estudos que as evidências robustas dão vantagem para aspirina e cálcio.
A metanálise conclui que essas estratégias são as de maior evidência neste estudo para profilaxia na pré-eclâmpsia / hipertensão induzida pela gravidez, entretanto sugerem os autores reavaliação do papel da vitamina D, heparina baixo peso molecular e do exercício físico como medidas preventivas.