Formaturas serão adiantadas para que mais profissionais possam atuar contra o coronavírus

Ministro afirmou que pretende adiantar a formatura de estudantes da saúde para que eles possam atuar no combate ao coronavírus. Veja como funcionará.

Em uma videoconferência com prefeitos das capitais, realizada no último dia 22, o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que pretende adiantar a formatura de estudantes de Medicina para que eles possam atuar no combate ao coronavírus.

“Eles já fizeram 99,9% do curso de Medicina. Agora é só uma questão de burocracia”, ressaltou o ministro, lembrando que esses estudantes deveriam receber o diploma no meio deste ano. Entretanto, a decisão final será do Ministério da Educação.

A Itália adotou medida semelhante para tentar conter a pandemia.

Estudantes e recém-formados no combate ao coronavírus

Segundo Mandetta, os recém-formados não irão cuidar dos casos mais sérios. A intenção é desafogar o atendimento as primeiras etapas do atendimento dos infectados para ajudar a melhorar o aproveitamento dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente.

Uma das intenções é proteger os profissionais com mais idade, que serão realocados as áreas estratégicas e de menor risco de exposição.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, calcula que até 40% dos profissionais de saúde possam se afastar do serviço durante a pandemia por conta de sintomas leves.

Estudantes de enfermagem, farmácia e fisioterapia também serão chamados

Os estudantes do último ano dos cursos de Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia do sistema federal de ensino também serão chamados para realizar o estágio curricular obrigatório em unidades básicas de saúde, unidades de pronto-atendimento, rede hospitalar e comunidades a serem especificadas pelo Ministério da Saúde, enquanto durar a situação de emergência de saúde pública.

A permissão será temporária, mas a carga horária trabalhada vai contar como estágio obrigatório e poderá dar pontos para o ingresso em cursos de residência.

Uma informação importante é que os estudantes da área de saúde não serão pagos e deverão trabalhar como voluntários.

O ministro da saúde também pretende que médicos residentes sejam treinados para combater a Covid-19, principalmente para atuar em centros de terapia intensiva.

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Como funcionarão os estágios já autorizados pelo MEC

Segundo a portaria do MEC, os alunos de Medicina que participarem do esforço de contenção da pandemia de Covid-19 deverão atuar exclusivamente nas áreas de clínica médica, pediatria e saúde coletiva, no apoio às famílias e aos grupos de risco, de acordo com as especificidades do curso.

A decisão vale para alunos de medicina que cursam os últimos dois anos da graduação e também para os de enfermagem, farmácia e fisioterapia, que estão no último ano do curso.

O trabalho realizado pelos estudantes será supervisionado por profissionais da saúde com registro nos respectivos conselhos profissionais competentes, assim como sob orientação docente realizada pela Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), preferencialmente. É responsabilidade da UNA-SUS emitir o certificado da participação do aluno, com a respectiva carga horária.

Ouça nosso podcast: Saúde mental dos profissionais em tempos de coronavírus

É importante frisar que a realização do estágio obrigatório na área de clínica médica, pediatria e saúde coletiva não dispensa os estudantes de cumprirem a carga horária prevista para o estágio em outras áreas, de cursar matérias obrigatórias em outras áreas.

A seleção, o treinamento e o local onde esses estudantes voluntários e os médicos recém-formados devem ficar a cargo das secretarias municipais e estaduais de Saúde, com a orientação do Ministério da Saúde.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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